23 novembro 2013

Conheci-te quando ainda nem sabia o que era conhecer alguém


Vou ser sincera. Não me lembro da primeira vez que te vi. Não tenho a mínima ideia. Mas sei, que me habituei tanto a ter-te por perto, que parece que estiveste lá desde sempre. E pensando bem, isso nem anda muito longe da verdade.

Sei que estavas lá nas férias, quando trocava o frio das terras dos Alpes pelo calorzinho do nosso Portugal. Sei que estavas lá quando aprendi (à força...literalmente) a desenhar os "R's". Sei que estavas lá para partilhar o teu lanche da manhã (principalmente quando não gostavas dele). Sei que estavas lá em todas as mudanças, em todos os momentos que crescemos mais um bocadinho e em todos os momentos em que regredimos no tempo e voltámos a ser crianças.

Juntas fizemos acrobacias dignas de circo, naqueles ferrinhos do ciclo (e de pessoas que não sabiam a mínima ideia de qual o verdadeiro significado das palavras "traumatismo" e "craniano"). Juntas entrámos no mundo assustador do Liceu. Juntas gastámos fortunas em gomas e em revistas teen. E toda agente sabe que isto é um marco na vida de uma rapariga. Nunca nos esquecemos da pessoa ao lado de quem suspirámos pelo lindo cabelo do Simão dos morangos com açúcar, ou por um dos elementos dos backstreet boys. 

Fomos mais que amigas. Fomos companheiras. Fomos a âncora uma da outra. Continuamos a ser.

Não há muita gente com a mesma sorte que eu. A de conseguir manter alguém como tu tanto tempo ao meu lado. A sorte de ter a certeza que contigo posso contar sempre. E a de poder comprovar isso vezes e vezes sem conta.

Ao longo dos anos tivemos de fazer muitas escolhas. Mas existiu sempre uma que foi constante e bilateral. A de nunca nos afastarmos. E vai continuar a ser assim. Porque ninguém se separa da amiga dos lanches, das gomas, das revistas teen, e da vida :) 

21 novembro 2013

Hoje a festa não é minha

No dia em que fiz 10 anos achei que tinha atingido um marco importante. Ia passar aos 2 dígitos. Estava a ficar crescida. Comecei a imaginar como seria ter 15 anos. Comecei a pensar que talvez nessa idade me pudesse vestir como quisesse, pintar as unhas, quem sabe talvez usar saltos altos. Cheguei aos 15 com as unhas pintadas, mas sem saltos altos. E comecei a imaginar como seria ter 18 anos. Era atingir a independência, poder fazer o que quisesse, sem dar satisfações a ninguém (era uma ingénua, portanto aos 15 anos). E cheguei aos 18. Continuei a dar satisfações da minha vida, e não fiquei independente de ninguém. Mas, a partir desta idade aconteceu realmente algo de diferente. Deixei de sonhar com os anos que viriam. Aos 18 não pensei nos 19. Aos 19, não imaginei os 20. Em vez disso passei a vivê-los mais intensamente, de maneira a que quando chegasse a altura de partir para mais um patamar, fosse capaz de olhar para trás e dizer, que foi um bom ano. Um ano em aprendi, que dei, que tentei ser, que fui, que fiz, que desfiz, que refiz, que acordei, que adormeci, que sonhei de olhos abertos, que fechei os olhos ao que não queria, que vi o que sempre quis ver.

E cheguei aqui. Aos 24. E olhando para trás estou satisfeita. Mudava algumas coisas, sim. Muitas até. Mas, não mudava as pessoas que me acompanharam até aqui. Alguns desde o meu 1º dia de vida, outras desde o meu 1º mês, outras há uma dúzia de anos. Outras há 7 anos que foram tão intensos que poderiam ser multiplicados por 3 ou por quatro. Uma antiga, que se tornou especial, que mudou a maneira como a via (e que depois a voltou a mudar outra vez), mas, que no meio de tanta volta, conseguiu manter-se lá, como amiga. Outra muito recente, mas cimentada :)

E há ainda as duas pessoas que sonharam comigo, ainda mesmo antes de eu existir. Que esperaram, e continuam a esperar por mim, de uma forma mais entusiasmada do que quaisquer outras pessoas. Que sei que vão estar sempre, sempre lá. Porque sempre estiveram. Desde o principio.

E uma especial que eu vi nascer. Que vi ainda com olhos de gente pequena, mas a quem prometi estar sempre lá. E se há alguma coisa que me arrependo neste último ano foi de ter quebrado a promessa. Estava tão empenhada em mim, em fazer com que o meu ano contasse, que acho que não estive à altura dela.


Aos 24 anos mudo isso. Aos 24 vou fazer melhor. Desde que prometas que me deixas tentar :)!!
Aos 24, vou manter-vos a todos bem pertinho. Desde também prometam que não me deixam fugir.

Um brinde. A ti cogumelo. E a vocês.

25 outubro 2013

Damn it

I miss you.

30 agosto 2013

brindamos sempre aos mais de 4 anos...

e, felizmente, brindamos há bem mais de 4 anos.
e num dos mais recentes ajuntamentos, como habitual, fomos soltando pedaços das nossas memórias.
pessoalmente agradeço por isso porque a minha gaveta de recordações teima em ser pequenina demais para poder guardar tudo o que já passamos. 

mas assim funciona. aquilo que eu me lembro não é o que tu te lembras e a tua história completa a minha e a delas.

nos entretantos, a minha gaveta de recordações abre-se estrondosamente nos arquivos muito antigos e, eis senão quando, me ocorre que um dos maiores amores da minha infância foi um dos moto ratos.


era, claro, o rato castanho do lenço vermelho, todo cheio de atitude à jon bon jovi.
a sério que preferia lembrar-me de outras coisas, mas até a minha memória é selectiva no que toca a formas de me embaraçar.

ainda assim, obrigada meninas por se terem rido comigo desta.
espero pelo próximo ajuntamento, muito rápido. é que a minha gavetinha deve ainda ter tanta deprimência desta por lá guardada...

27 julho 2013

The way it was


Não Brandon...não pode voltar a ser como era. Mas, pode ser melhor :)

18 junho 2013

Este senhor sabe do que fala

...e quando for grande quero escrever como ele :)


"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? (…) Quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar.


Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência (…) A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 


O esquecimento não tem arte (…) Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.”

O último Volume, por Miguel Esteves Cardoso 

05 junho 2013

Este vai mesmo sem titulo

Ás vezes pedimos muito uma coisa. Pedimos a quem quer que nos esteja a ouvir. A uma qualquer entidade que seja capaz de interceder por nós. A qualquer força sobrenatural que nos possa  realizar o desejo. Levantamos os braços em direcção ao céu  e pedimos. Pedimos muito para ter. Pedimos fervorosamente que aconteça. E muitas vezes não obtemos qualquer sinal. Baixamos os braços, desiludidos e pensamos que afinal ninguém nos ouviu. Ou, se alguém ouviu, achou que não éramos merecedores de tal benesse e virou as costas.

Mas ,se calhar estamos enganados. Talvez tenhamos sido ouvidos. E talvez o nosso ouvinte saiba uma coisa que nós ainda desconhecemos. Talvez saiba que aquilo que estamos a pedir não é o melhor para nós. E então fica calado. Pelo menos até ao dia em que nós finalmente percebemos o quão errados estávamos.

E nesse dia...bem, nesse dia logo se vê 

02 junho 2013

E ele tem toda a razão II

Chaos isn't a pit. Chaos is a ladder. Many who try to climb it fail and never get to try again. The fall breaks them. And some, are given a chance to climb. They refuse, they cling to the realm or the gods or love. Illusions. Only the ladder is real. The climb is all there is.

Petyr Baelish, Game  of Thrones

19 maio 2013

14 maio 2013

Reconhecimento

Numa altura (que já se vem arrastando há muito) de esforços contínuos (equiparáveis a esforços dos semi-deuses) sobre tudo (amigos, família, trabalho), sobre mim, de já não acreditar em encaixar naquilo que gosto, há que parar e ver o reconhecimento dos outros naquilo que fazemos.

Mas ontem tive vários exemplos de que não.
Modelas-te para seres uma boa pessoa (mais do que boa, uma pessoa atenta) aos outros, para não cultivares em ti sentimentos maus (por que te corroem e não levam a lado nenhum), para não te vingares nas pessoas que te magoam (dás sempre oportunidade e se não isso, pelo menos um "bom dia" de reconhecimento).

Uma vez a minha mãe disse-me que não estava preparada para este mundo. Já não me lembro da situação que era, mas de certeza que defendia algo com paixão cega. Algo de bom, espero eu.
Mas depois, aprende-se que os outros não te devolvem. Tu esperas que sim, mas não. O princípio da coisa, seria ser boa pessoa, independentemente de quaisquer recompensas. Mas neste "mundo cão" (mãezinha) não dá para ser bom a toda hora.
Já tive alturas em que a bondade não foi retribuída, quando mais precisava; já tive alturas em que me espezinharam e gozaram. Dei na mesma. A minha mãe sempre me disse "faz bem, não olhes a quem". E eu, até hoje sigo este conselho.

Às vezes, já só espero que o karma actue na vez das pessoas. Por que algumas já perderam toda e qualquer capacidade de olhar para o lado.
Ontem senti-me mal num centro comercial. Não tive uma única pessoa que parasse para me perguntar o que se passava. Sim, houve pessoas a voltar atrás...para ver uns sapatos ou para verificar o preço de um vestido. Quantas delas dão alimentos, roupas para os mais necessitados? Muitas com certeza. Mas no que toca a olhar para o outro, ajudar no momento...
Falo deste exemplo, por que já nem há a capacidade de nos reconhecermos uns aos outros (e por que dói). Já não nos reconhecemos, mesmo partilhando o mesmo.

Perante isto, o desânimo, só resta continuar a insistir (mesmo que pareça de doidos) e esperar o tal resultado diferente.

08 maio 2013

Quarta-Feira



"Anyone who says sunshine brings happiness has never danced in the rain"


Tenham um bom dia*

E ele tem toda a razão

“You can’t cling to the past. Because no matter how tightly you hold on, it’s already gone.”Ted Mosby

05 maio 2013

One day...


But not right now ;)

04 maio 2013

Twisted world


At least, not more that it already is...

Coisas da vida

Há coisas que não descolam facilmente de nós. Pastilhas da sola num dia de calor, melgas, pressentimentos.
Coisas más.
Há pessoas que não descolam de nós. Amigos, amores, família.
Estas nós queremos sempre perto. Para o bem e (muito) para o mau.
Por isso é que é difícil despedirmo-nos das pessoas. Fizeram parte do nosso bom e estiveram lá para o mau. É injusto que tenham de descolar de nós. Que se tornem memórias. Pessoalmente não gosto muito de memórias.
Fico nostálgica e a tristeza invade-me. Mesmo que sejam coisas boas E , oh, como as coisas boas lembradas me doem mais!  parece que não descolam.
Não é justo ter de dizer adeus a ninguém. Não a quem se ama. Não por que não se percebe como aconteceu.

Há muito que não sentia vontade de escrever. A vida, as desilusões e os "adeuses" fizeram-me ficar paradinha. Cheia de medo que uma vez, se tornasse no habitual.
Não foi por ter ficado paradinha que isso deixou de acontecer.
Disse adeus a muitas coisas nos últimos anos. Fui ficando cada vez mais parada, sem respirar, sem aceitar de verdade. Sem recorrer às memórias por que é fodidamente mais difícil.
Mas principalmente, disse adeus a muitas coisas minhas. A parte de mim que me encantava. que me fazia sorrir e sentir única. E nem posso recorrer à memória, por que já nem nesse espaço existo.

Dizer adeus nunca será fácil. Gostava que não tivesse de fazer parte da vida adulta, como de resto tudo o que é chato e mau, parece fazer.
Mas é.

talvez....


03 maio 2013

Parabéns BB

PARABÉNS pessoa especial! =D

Parabéns...

  •  por aquilo que és e porque te vais tornando um bocadinho melhor todos os dias!
  •  porque me ensinas-te a amar, a proteger e a cuidar!
  • por estares comigo à tanto tento e ainda não te teres fartado (esta é difícil :)!
  • por teres superado todos os desafios que a vida te colocou até agora e continuares sempre pronto para mais!
  • por essa força de viver e de levar a vida a sorrir!
  • pela tua capacidade de cativar as pessoas e de as manteres ao teu lado!
  • porque hoje estás um bocadinho mais velho e quase nem se nota :D
Parabéns porque hoje é o teu dia! Um dia muito especial! E apesar de não poder estar aí fisicamente contigo, espero que o passes com quem mais amas e que esta ausência seja apenas mais um incentivo a esperarmos juntos pelo próximo ano.


LU <3 b="">

01 maio 2013

Devias saber que...

Culpo-te. 

Sim a culpa é tua. E não vale a pena dividi-la.

A culpa de me conseguires atingir desta maneira é tua.
A culpa de eu estar desiludida contigo é tua.
A culpa de eu me sentir descartável é tua.
A culpa de ainda pensar em ti todos os dias é tua.
A culpa de te amar é toda tua.

30 abril 2013

Birthday ;)



E Parabéns a todos vocês que me aturam à uma data de anos ;D

29 abril 2013

A gift

I need a late night adventure!



The kind that catches you off guard and takes your breath way... 
I need someone to wake me up at 4 am and take me just to see the stars, lying on the grass... Or maybe to dance in the rain until the dawn... 
We could share secrets and thoughts... I would encourage you to follow your dreams and you would tell me how much you believe in me... We would laugh on our past, on how we've met (that stupid situation when I swore I would I'd never wanted to see you again). I can almost feel the fear I would felt if someone catches us together... The cold inside that makes you want to run way but at the same time makes you stay and stare just a little longer... Just to see what's next... Just to fell alive!

But that will never happen and no one will never know...

It would only be one night, one wish, one dream...

28 abril 2013

Final #1

Estou muito zangada contigo.
Por muito do que aconteceu entre nós, mas principalmente porque nunca tive oportunidade de falar. E continuo a empurrar isto, por que agora já não faz sentido se estou ou não.
Mas estou.
Por ter acreditado em ti segunda vez. Às vezes acho que me trataste como os outros rapazes da minha vida. Como se o meu amor fosse lepra. Sinto-me tão zangada, tão zangada que às vezes parece que vou explodir.
Por isso é que às vezes me comporto de forma tão esquisita. Por que ainda gosto de ti, mas estou zangada. E muito triste.E não percebo como o que eu sou e que te podia oferecer, não foram suficientes. Nenhuma das vezes.

27 abril 2013

Em vez de um ponto, uma virgula


Parece impossível que o futuro seja melhor que o passado. Olho para trás e acho impossível existir algo melhor que o que já tive. Ou que iguale.


Mas, esses anos são parte de mim. Levo-os comigo para onde quer que vá. E se, no futuro eles vão estar lá comigo, tenho a certeza que os próximos tempos não podem ser maus de todo.


22 abril 2013

Parágrafos (VI)

Aquele pensamento perigoso que nos faz estremecer por momentos... Viajar e imaginar "e se"...
E é pela incerteza desta fantasia, que rapidamente a mente se foca no presente, o que é agora e continuará a ser amanhã.

Talvez outro dia...

21 abril 2013

Enterro '13

A noite aos meus olhos:


São estes momentos de pura felicidade e amizade que se tornam as melhores memórias.
OBRIGADA!! 

20 abril 2013

18 abril 2013

Sem lei nem rei

Todos os dias assisto a incompetências flagrantes e declaradas que ocorrem num meio bem próximo de mim... Aí pergunto-me como é que é possível mudar-se o rumo de um país que desde os cargos de menor responsabilidade até cargos superiores se apresenta corrompido, sujo e reles.

Como é possível mudar-se um país onde as pessoas trabalhadoras, responsáveis e de valor, pessoas capazes de realmente provocar uma mudança, serem sempre consideradas uma ameaça e logo um alvo a abater?

Acho incrível como é que as pessoas se sentem confortáveis a serem marionetas na sua própria vida. E mais assustador ainda... Mostrarem gosto por isso.


No entanto, posso não conseguir fazer nada para mudar o País, ter uma opinião irrelevante no meio onde estou, mas nunca, nunca (!!) hei-de partilhar deste sentimento resignação e conformismo.
Posso não mudar o país, mas também não hei-de deixar que este país me torne uma pessoa sem valores, sem moral e sem convicções!

15 abril 2013

Felicidade é...

Chegar a casa depois de 12 horas de trabalho, abrir o "Compõe-te...", ver os bonequinhos aí da direita a pular, o tempo a passar e saber que enquanto continuo com esta atividade improdutiva e parva são menos uns segundos que faltam para estarmos juntas...


 E isso deixa-me com um sorriso na cara até ao dia de amanhã...

Bring it on Monday!

14 abril 2013

Love (Actually)


Os meus Domingos...
Vá lá sexta-feira volta num instantinho!

13 abril 2013

Sei o que ouviste o enterro passado (VI)

Aqui fica a minha contribuição:


Porque o Enterro tem sempre de ter uma noite de tunas, e de todas as músicas, esta é a que fica no ouvido e é cantada em uníssono com mais fervor :) Este e a "AVEIRO É NOSSO", mas isso nem se punha em questão ;)

sei o que ouviste no enterro passado (V)

Porque muitas vezes a festa passou para o lado dos carrinhos de choque. Com e sem acidentes incluídos :P!

12 abril 2013


An everyday task! ;)

11 abril 2013

As cenas são assim. E "prontos"!

Onde está a menina? Onde vieste tu parar? O que é que sonhaste que não se concretizou? Tudo?
Quis ser médica, bióloga, super-fixe, salvar o mundo, descobrir a cura para o cancro, ser-super-famosa-mas-ao-mesmo-tempo-tão-humilde.

É engraçado que quando somos pequenos, o mundo para nós é uma infinitude de possibilidades. E em adultos, teimamos dizer que isso não é possível. que não podes dizer/fazer/comer isto e aquilo. Prendemo-nos à porcaria do tempo (temporal) e do espaço e do contexto e do caneco. A tudo. E deixamos de sonhar e só queremos coisas. Um marido, uma casa, um bebé  um emprego, umas férias. e tornamo-nos escravos dos desejos e do tempo e do espaço e do caneco que nos valha!

Muitas vezes ainda quero ser super cool, super famosa, médica, bióloga, descobrir a cura para tudo e mais alguma coisa e escrever um livro "tão brutal que é!!". E sonho tudo. Não há "ous". E são os momentos em que me encontro com a "minha" menina, fazemos um hi-five e digo "somos super badass, não somos?" E ela diz-me: "obrigada por não te esqueceres do que te prometeste." Super-cool-badass-motherfucker!

10 abril 2013

sei o que ouviste no enterro passado (IV)

Porque é oficial e está mesmo aí a chegar, conforme comprovam os saltitões ansiosos pelo enterro do countdown, eis aqui a minha contribuição da memória baça dos enterros por onde me passeei.



Porque é difícil esquecer a noite em que mostrámos ao sr. david que aveiro é a melhor dancefloor do país.

Sei o que ouviste no enterro passado (III)

esta teve direito a cábulas! e pelas nossas contas passou mil e uma vezes

Sei o que ouviste no enterro passado (II)


Enterro 2013, faz o favor de te assemelhares a este dia (algures em 2009), sim?

Sei o que ouviste no enterro passado

Lembro-me vagamente desta. Só vagamente por já ter sido há muito tempo claro!
Já não sei quantos anos passaram desde o dia de natiruts. Mas, foi uma grande noite. Tenho a certeza disso. Completamente ;)

30 março 2013

A caminho...

Percorremos o mesmo caminho mais do que uma vez. Temos medo de uma nova escolha. De errarmos na direcção. E por isso mantemo-nos naquela estrada que já nos é tão familiar. E por isso quando pensamos em mudar, inicialmente a única coisa que fazemos é voltar atrás e recomeçar.

Mas, quando olhamos para o chão e vemos a estrada marcada por dezenas de passadas, gasta pelo uso, quando tropeçamos nos buracos que os nossos próprios pés já fizeram, percebemos que temos de voltar a começar de novo. 

Mas, desta vez tem de ser a serio. Tem de ser mais do que só um recomeço. Tem de ser um início.

A escolha é difícil sim. Um início é muito mais duro que um recomeço. Mas ajuda saber (ou pelo menos acreditar) que “chegamos sempre ao sítio aonde nos esperam”(José Saramago)


29 março 2013

06 março 2013

Confusion...


Ela chega perto dele, em lágrimas, e pede-lhe perdão. Diz que o ama e que não sabe como viver sem ele na vida dela. Por isso age de forma tão imatura, tão adolescente. Porque não sabe quem é sem ele. Ele não quer, mas abraça-a, porque ela é dele, porque ele nunca deixou de ser dela. Naquele abraço, tudo à volta deixa de existir. Tudo o que foi dito a terceiras pessoas, tudo o que foi sentido e imaginado. Tudo. Desaparece naquele abraço.
As mãos dele redescobrem o corpo que há tanto tempo não sentiam. As mãos dela, tímidas e trémulas, acariciam o rosto que não via há demasiado tempo.
Envolvem-se num misto de saudade e amor. Numa mistura de carinho e remorso. Ele entra nela com um tal carinho que a deixa de lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios. Movem-se como se de um só corpo se tratassem. Esquecem o que foi e o que poderá vir a ser. Esquecem passado e futuro. E por instantes, abandonam o presente em que vivem. É palpável o sentimento que existe em cada movimento, em cada carícia, em cada palavra sussurrada ao ouvido. É palpável e audível o amor que deles nunca desapareceu. E no final, o grito foi uníssono, corpos movendo-se num movimento tão suave, que acompanha o gemido final que celebra o amor que há tanto não partilhavam.
Nus, ela adormeceu aninhada no peito dele, com os braços dele a rodearem-lhe o corpo. Como que pedindo para ela não se ir embora. Como dizendo a quem os visse que ela era dele e dali ele não a ia deixar sair.
Manhã, ele acorda e vê-se sozinho na cama. Teria sonhado? Não. Ela estava ali, sentada na ponta da cama. Vestida. A olhar para ele. Ele sentiu que algo não estava bem. Ele viu-a a aproximar-se dele com um sorriso tímido nos lábios. Um sorriso tímido e triste. Sentiu os lábios dela pegarem nos seus num beijo tão carinhoso que até fez doer. Sentiu os lábios dela se encostarem à sua testa ao de leve. E ouviu o que desejou ser surdo para não escutar. “Adeus”.

03 março 2013

Mudança (Em inglês. Porque isto é sempre a mesma m**** em qualquer parte do mundo)

It all starts with you thinking that you’re not good with changes. And then your whole world has transformed.

You're stuck. The future's staring you in the face. And you're not sure you like what you see. You realize the ground beneath you has shifted, that things are uncertain. The world around you is different now. Unrecognizable. And there's nothing you can do about it. But the body can be stubborn when it comes to accepting change. The mind holds out hope that the body can be whole again and fights for  that hope, tooth and nail. And then, finally, your head realizes it. There's no turning back. It understands its new reality and accepts that what is gone is gone forever.

Sometimes the changes are forced on us, sometimes they happen by accident, and we make the most of them. We have to constantly come up with new ways to fix ourselves. We have to keep reinventing ourselves almost every minute because the world can change in an instant, and there's no time for looking back.


So we change, we adapt, we create new versions of ourselves.

But like I said, I'm not big into change. 

24 fevereiro 2013

Fim da tarde. Inicio de qualquer outra coisa

Inspirei fundo. Deixei que o ar salgado inundasse os meus pulmões. Expirei e voltei a repetir o mesmo ritual. Como se cada lufada daquele ar fosse capaz de limpar todo o meu corpo. Dei um passo. E depois mais outro. Caminhei devagar. Sem pressa de chegar a lado algum. O vento batia-me na cara e a cada passo que dava fustigava-me com uma força que me era bem vinda. Caminhar sem propósito, só com a sensação de que tinha de continuar a andar e vencer a corrente foi o que ocupou a minha mente durante um tempo que pareceu infindável.
Fechei os olhos. A intensidade do vento aumentou. O som do mar revolto que deslizava ao meu lado pareceu subir de volume, e o cheiro a maresia pareceu envolver cada centímetro da minha pele.
E de repente tudo parou. Abri os olhos e vi o que tinha acalmado toda aquela batalha que se desenrolava à minha volta e me mantinha abstraída do resto do mundo.



O céu tinha ganho a cor que anuncia a última réstia de calor do dia. O pôr do sol tinha trazido o silêncio. E com ele veio um único pensamento "Um dia gostava de te trazer aqui. De partilhar isto contigo". E como que a adivinhar que me estava de novo a perder na minha própria mente, o vento voltou e limpou o meu pensamento. Desfez cada traço de tristeza, cobrindo a minha face com as madeixas de cabelo que tinha conseguido soltar e obrigou-me de novo a andar.

 Fiz o caminho de volta acompanhada pela luz que marca o fim do dia...mas que promete sempre o regresso de um outro novo.

20 fevereiro 2013

Era uma vez...


Costumava ter um desejo quase sôfrego por livros. Perdia-me nas páginas de um livro tão facilmente que me esquecia do que realmente me rodeava. Viajava por sítios em que nunca estive, conhecia pessoas de todas as raças e feitios. Mais do que conhecer as personagens principais dos livros que li, durante alguns bocadinhos, eu era essa mesma personagem. Pisava o mesmo chão que elas, sofria o mesmo golpe que elas, alegrava-me com o desfecho feliz que finalmente conseguiam alcançar, como se esse mesmo final me fosse destinado a mim.

Um dia o desejo sôfrego diminuiu. Quase desapareceu. Desculpava-me e dizia que já não tinha tempo. A verdade, percebo-a agora, é que o tempo que me faltava não era para ler as letras amontoadas em cada linha. O tempo era escasso para viver a vida de outras personagens. Estava finalmente a viver o meu próprio conto de fadas e por isso não sentia a mesma necessidade de me aventurar em qualquer outro conto.   
Percebo isso agora, pois quando o meu conto não teve o final que eu esperava voltei-me de novo a embrenhar nas páginas das histórias dos outros. Voltei a deixar-me hipnotizar pelas milhares de letras, que juntas contam a história de alguém que ficará para sempre imortalizado entre uma capa e uma contra capa.

Tinha saudades deste vício. Tenho pena de só ter voltado a procura-lo nestas circunstâncias.
Mas aprendi a minha lição. A partir de hoje passamos a viver em simbiose. Eu e as personagens que vivem entre as páginas do meu vício. Seja qual for a minha própria história.

“I stare down at my shoes, watching as a fine layer of ash settles on the worn leather…..” (The mockinjay. S. Collins)

E de repente também eu vejo as cinzas…mesmo que não seja eu a personagem que está a olhar para os sapatos. E assim começa mais uma aventura…

17 fevereiro 2013

acreditar que é verdade parte II

"E afinal o cabelo cresce, a gripe cura-se, a ferida cicatriza, a noite torna-se dia, o inverno é substituído pelo verão e respiras fundo."

Pensamento de fundo dos próximos dias. Repetir a quantidade de vezes que forem precisas até que volte a ser verdade**

03 fevereiro 2013

Metades

Pensamos que somos o dobro de tudo, duas vezes mais que ontem e duas menos que amanhã.

Mas, no final somos apenas metade de qualquer coisa que já foi.