19 agosto 2010

Para quem interessa

Tentamos sempre ser aquilo que os outros esperam de nós. Tentamos ser melhores. Tentamos superar-nos. Tentamos ir de encontro às expectativas dos outros. E isso é errado a tantos níveis. Não devemos preocupar-nos tanto com o que os outros pensam, porque sinceramente, aqueles que realmente interessam, aqueles que são mesmo importantes na nossa vida, já nos aceitaram exactamente como somos. E melhor que isso: gostam de nós exactamente por aquilo que somos. Não precisamos de ser melhores, porque para quem interessa quase que atingimos a perfeição.

Imagem retirada de i can read

Sou rabugenta de manha quando acordo. Sou sarcástica, irónica e por vezes muito difícil de perceber. Sou complicada, demasiado racional e sempre com medo de errar. No entanto, há aquelas pessoas que conseguem tirar-me da cama, que entendem a minha ironia e até lhe acham piada, que me compreendem melhor que eu própria, que conseguem decifrar-me naqueles momentos em que sou demasiado complicada, que me levam a viver sem pensar, e sem ter medo de errar, porque me dão a confiança que preciso. E há aquelas pessoas que me conseguem transformar numa pessoa muito mais simpática. As mesmas pessoas de sempre, e por incrível que pareça, até algumas pessoas redescobertas, conseguem essa proeza. Merecem um prémio. Muito melhor que este texto claro! Mas, acho que por enquanto isto vai mesmo ter de chegar. Para a próxima esforço-me mais prometo! De qualquer maneira, acho que o que eu queria mesmo, mesmo dizer era basicamente: Obrigada :P

09 agosto 2010

KARMA


Seja ele aquela figura de homem que se imagina vestida com uma gabardine como se se tratasse de um manto negro que esconde todas as (in)justiças kármicas de que tem de tratar, esgueirando-se pelos cantos da vida de cada um, perseguindo-os e retirando-lhes tudo a que não têm direito, como paga por algo cometido erroneamente no passado. Seja apenas uma desculpa daqueles que não compreendem o porquê de tanto mal lhes estar a acontecer e precisarem desesperadamente de algo ou alguém a quem culpar tal acontecimento cósmico.
Seja o que ou quem for… Tentei ser educada… Tentei fazer tudo certo e jogar o teu jogo… Se me apareces à frente… Pontapeio-te no estômago, esmurro-te a cara, arranco-te os cabelos, e no final ainda te enfio uma bala no lugar onde devias ter o coração.

Um dia contaram-me uma teoria interessante. Que tanto pode ser verdade, coincidência, ou apenas mais uma mera justificação para aquilo que não tem explicação. Seja como for, era e continua a ser uma teoria interessante, mais que não seja pela pessoa que a contou na altura.
Juntando essa teoria ao muito falado Sr. Karma, só posso concluir uma de duas coisas:
Ou este Sr. tirou uns meses de férias para me atormentar mais do que o necessário e esqueceu-se de tratar do resto do mundo, ou então tirou uns meses de felizes férias para o outro lado do mundo e esqueceu-se de deixar alguma felicidade neste lado.
Qualquer das opções, o outro lado do mundo deve andar numa autêntica festa nos últimos meses, com direito a tudo de bom, roubando a este canto do mundo tudo o que ele merecia e deixando-o com nada mais do que o simples nada.


Não sendo isto uma ameaça com repercussões físicas, mas apenas verbais e imaginárias, quando espreitares para o buraco onde me enfiaste, Sr. Karma, vou puxar-te pela mão para dentro dele. Ficarás lá comigo o tempo suficiente para fazer do teu corpo uma escada que me levará para fora daqui; libertarei de ti a vida que roubaste a outros; pegarei no teu manto e farei dele a minha própria mortalha, e com ele vestido irei ter com aquele que detém o poder sobre esta dita justiça cósmica pela qual te dizes reger, e pedir-lhe-ei justificações por aquilo que não sabes que andas a fazer.

Foto: i can read


[Se um dia perceber a lógica e a justiça disto tudo, retiro estas palavras vãs.]

04 agosto 2010

chegou o dia. temei.

Sempre quis poder dizer que alguém chegou a este blog através de uma busca googlal que envolvesse questões realmente acutilantes, daquelas com erros de bradar aos céus e sem ponto de interrogação. Pois bem, meus caros, eis que o dia chegou. E atentai na pérola.

‘Como agente pode abrir uma porta que está fechada com chave’

Depois disto, resta-me admitir que os meus problemas são muito muito pequenos, por comparação. [por outro lado, temo que o nosso blog não tenha sido lá grande ajuda para este amigo.]