26 fevereiro 2010

dreams are made of what?...

esperou que o sorriso dela não se desvanecesse. segurou-lhe a mão na esperança de que ela não a retirasse. nervoso. tremendo de antecipação. esperando que ela perdoasse o atrevimento.

ela olhou-o admirada. o sorriso alargou-se. da sua garganta saiu uma gargalhada quase cantada. som maravilhoso para ele. e era mesmo só para ele.

apertou-lhe mais a mão e exalou. deixou de sentir um peso, de sentir que não conseguia respirar.
andaram juntos durante algum tempo. aproximou-se dela. abraçou-a porque já não tinha medo.
fez-lhe uma festa na cara,demonstrando todo o amor que tinha por ela, nesse gesto.

atreveu-se a aproximar os lábios. toucou-lhe levemente. sem demasiada pressão. encostou-a mais a si. sentiu o seu ar, nos seus pulmões. os dois corações embalados na mesma corrida frenética.

depois provou-a pela primeira vez.
desfez os sonhos e construiu a sua realidade. com ela.

só mais tarde a viu partir. com outro.
para quê amar?

20/Maio/09

21 fevereiro 2010

Às Mulheres [com ‘M’ grande]!

Sabem o que responder àqueles homens [com ‘h’ pequeno] que dizem que as mulheres lhe são inferiores, que o ‘homem’ é que é o ser superior, ‘vocês até foram criadas de nós, da nossa costela!’[imaginem-nos tipo broncos a dizer isto]? Ou não respondem, e deixam-nos a iludir-se com a sua insignificância, ou então dizem a famosa frase ‘Antes de uma grande obra de arte, vem sempre um esboço’. E não há como contestar esta verdade. Antes de criar alguma grande obra, é preciso um rascunho do que esta irá ser.
E foi isso que aconteceu. Antes da Mulher poder ser criada na sua perfeição, teve que haver um qualquer rascunho para tal. E daí ter surgido o homem. Como se viu que esta espécie não poderia evoluir com um ser assim, foram feitas as devidas modificações e correcções, e foi formada a Mulher, com todo o seu poder.
É verdade que eles são necessários. Precisamos deles, não há dúvida. É verdade que muitos deles nos superam em diversas matérias e disciplinas. Não há como contrariar isso. Mas sem nós, eles não seriam nem metade do que são.
Para começar, não existiriam. Imaginam algum homem a carregar um ser por 9 meses ou quase? Imaginam-nos a aguentar com aquelas dores de parto? Eu não! Eles são picuinhas, e qualquer dorzinha é motivo para recorrer a uns comprimidinhos. Não digo todos. O meu pai sempre me deu o exemplo de não tomar dessas coisas, a não ser em casos de urgência, ou prescrição médica. Mas já conheci daqueles que ao primeiro espirro, lá vai um ‘antigrippine’.

Em conferência com outras Mulheres, recolhi outros defeitos nesses seres que se dizem superiores, mas que de superiores só têm o ponto de terem ‘duas cabeças’, mas como não as conseguem usar ao mesmo tempo, não lhes vale de muito. Então aqui vai.
Porque é que quando, gentilmente, lhes pedimos que façam algum tipo de tarefa, ela apenas aparece metade feita, e ainda vêm dizer que está muito bem realizada, que não vêm problema algum no que fizeram? Têm problemas ou auditivos ou visuais, ou pior, os dois.
Depois têm a mania que depois do ‘casamento’, as mulheres é que fazem tudo. E depois queixam-se da falta de sexo. Meninos, a época em que as mulheres ouviam e calavam e eram apenas donas de casa acabou. Evoluam com os tempos, e pode ser que nos acompanhem. Acreditem que assim a taxa de divórcios baixa, e a taxa de sexo pós-matrimónio aumenta!

Por hoje fico-me por aqui.
Não quero de forma alguma exaltar ânimos. Gosto dos Homens [e estes com ‘H’ grande]. Não seria capaz de viver sem eles na minha vida. Eles são capazes de grandes feitos, se assim o quiserem e estiverem dispostos ao esforço.
Mas não suporto aqueles homens que não vêm as Mulheres como um igual, e muito menos suporto machismos. E é para estes homens que falo [e aqui, é mesmo com ‘h’ pequeno]. Se querem alguma coisa feita, levantem o cuzinho do sofá e façam-na. Pode ser que o consigam.

Acreditem, uma igualdade traz muitos mais benefícios que uma qualquer desigualdade.

20 fevereiro 2010

a nossa gera...#3

Haveria pedaço de sacarose mais jeitoso do que este por aqueles tempos?




O Push Pop foi dos símbolos pegajosos mais emblemáticos da nossa infância. Sim, é chupa. Sim, deixa as mãos pegajosas. Mas tem uma caixa especial que permite guardar o que não quisermos comer para depois e, através de um sistema altamente evoluído, permite que o levemos para todo o lado. Qual kit mãos livres, agarradinho ao cinto.

Confesso que não quero imaginar a mente pervertida que quem o inventou tinha, porque ideias espectaculares destas não surgem por obra do acaso. De qualquer forma – e espero que concordem comigo nesta – o Push Pop era irritante. Era doce até mais não – e em relação a isso não tenho a mínima queixa – mas a ser uma coisa a sério, acho que deveria incluir umas toalhitas. Terei sido a única pessoa que se deparou com sérios problemas de estimativa de qual dedo poderia push popar aquilo, sob o risco de nunca mais o conseguir tirar lá de dentro? (Gente, não se percam no raciocínio; continuo a falar-vos do Push Pop.)

Ainda assim, sobrevivemos.
[E a quem isto fôr familiar, é favor deixar um ‘nhoc nhoc’ aí em baixo.]

16 fevereiro 2010

31 do 46



Sei que é possivelmente o mês mais estúpido para se executar anos porque nem sequer os dias todos tem. Nesse sentido tenho pena de fevereiro. Mas o cosmos actua sempre de formas impecavelmente justas; fez com que ele nascesse neste mês numa compensação mais que merecida.

[cosmos, a ver se temos uma conversa os dois. nem te quero pedir nada para mim; não sou egoísta a esse ponto. só que quer-me parecer que ele é o genro perfeito para os meus pais e o cunhado perfeito para o meu irmão. e tu sabes que, ao menos, eles merecem.]

E depois disto, um feliz aniversário atrasado especial a ti, sujeito. Porque agora são horas decentes para se dar parabéns a alguém. E especialmente porque também vens trazer um bocadinho de normalidade na ressaca pós-dia dos namorados.

Aos restantes, um excelente carnaval.

14 fevereiro 2010

pede-se desculpa aos corações sensíveis, mas...

...não suporto o dia dos namorados. Porque é tão pirosamente comercial. Porque é tão insistentemente cor-de-rosinha. Porque não é um dia especial [parecendo que não, há todo um conjunto de outros dias no ano bem mais bonitos em que se pode ser forçosamente romântico. no verão, por exemplo. que até nem chove nem está frio.].

Pessoalmente, considero que foi a invenção de um comerciante de lingerie muito ambicioso. Por esta altura está tudo muito parado; já passou o natal e o ano novo, ainda não chegou a páscoa. Era tempo morto. Decidiu inventar um dia dele, que fizesse sentido e jeito sobretudo a ele... mas se possível também à restante humanidade. Resolveu então estampar em toda a lingerie gotas de sangue, um apelo profundo e sincero à doação de sangue - que os comerciantes aproveitam-se da nossa boa vontade, por muito estranho que vos pareça!

Aparentemente a coisa correu mal. Em vez várias gotas isoladas, a máquina de estampar teve um problema técnico: duplicou as gotas. Ficaram juntas duas a duas. Um coração. Mas como é que ele não pensou nisso antes?! Um dia para lembrar as doenças cardíacas, claro. (e em que, de forma muito óbvia, se deveria comprar lingerie para comemorar!)

Entretanto, suspeito que o s. valentim se meteu ao barulho; que afinal, lá no calendário estelar do ano não lhe deram um dia. Depois da burocracia celestial (que também a há), calhou 14 de fevereiro. 'Merda', pensou ele (que o s. valentim era o malcriado lá do sítio), 'aquele paspalho quer que esse dia seja para os aleijadinhos do coração. '.

De modo que desceu cá abaixo, trouxe o cupido (que tem aquele ar fofinho que chega a convencer) e falou com o comerciante. Que se aproveitasse a lingerie, catano. De qualquer modo, continuou sempre a ser o dia daqueles que sofrem do coração.


Agora que destruí todo o qualquer sentimento bonito por este dia, trago a devida compensação. [a música mais melosa da banda menos melosa que conheço. sublime.]





Tenham um relativamente agradável dia dos namorados.

12 fevereiro 2010

BAZINGAAAAAAAAAAAAAAA

DAQUI A 11 DIAS FAÇO ANOS!!!

SÓ PARA AVISAR! MUAHAHAHAH!!!!! :P

(está bem pessoal, eu tiro este post daqui...amanha ou depois!)
(não, não é um problema de ego...)

VÃO PENSANDO NO QUE ME VÃO DAR! ;P

10 fevereiro 2010

Pensamentos em remoinho IV

Olhamos à nossa volta mas nem reparamos bem naquilo que realmente existe. E aquilo que acreditamos existir pensamos ser bem igual ao que temos. Quantas vezes não deixamos a realidade passar.
Nunca notamos o esforço que algumas pessoas fazem no seu dia-a-dia, a luta que travam apenas para sobreviver.

Muitos de nós não sabe o que é a dificuldade de manter um emprego que se odeia para sustentar a família. Muitos de nós não sabe o que é sentir a perda de dignidade quando se tem de mendigar pelo pão que se quer pôr à boca, depois de uma semana de fome. Quando se tem de vender o pouco respeito próprio que sobra, porque a vida não nos coloca outras oportunidades no caminho.

Pergunto-me quantos de nós teria a determinação e coragem para continuar a lutar, no meio do caos, em busca da felicidade.


Até onde consegues ir? Também já te perguntaste?

09 fevereiro 2010

Pensamentos em remoinho III


Já algum dia se encontraram num ponto de ruptura?

Daqueles que sabemos que nos vão engolir...por certo. Querer, desejar, não o fazer. Por mais palmadas que nos dêem nas costas, por mais pontos de vista positivos que nos apontem, só conseguimos ver aquele mesmo ponto negro parado, ameaçando-nos no nosso futuro imediato.

Nós não nos entregamos às desilusões de ânimo leve. Não é algo que queiramos fazer... Nunca queremos acreditar quando as coisas más nos acontecem: quando nos traem a confiança, quando alguém parte e todas as outras formas que há na vida para nos fazer sofrer.

Não percebo porque muitos contemplam o desânimo e a frustação como o querer de alguém. A esses só digo que experimentem ter uma bola de neve de maus acontecimentos e depois digam-me se foi sempre possível manter o pensamento positivo. Se não choraram, se não se entregaram à dor, se não quiseram sentir naquele momento apenas pena de eles próprios para deixar que a dor fluisse e de alguma forma desaparecesse.

Somos humanos. O natural é que nos comportemos como tal... não pretendo ser apenas um invólucro de sorrisos e pensamentos "carpe diem".
Tenho os meus dias maus...os dias de merda, que só apetece ficar enrolada nos lençóis, evitar falar seja do que for, seja com quem for. Esquecer-me que tenho responsabilidades. Sentir que aquele é o meu tempo para me curar das coisas más.
Oh, como odeio esses dias. Como odeio o que se aproxima.

06 fevereiro 2010

a nossa gera...#2


O símbolo de uma infância livre de fiscalização de brinquedos. Falo-vos, claro está, de pegamonstros.


Fomos nós a geração que soube o gozo que era atirar com bonecada pegajosa a toda e qualquer superfície. Fomos nós quem descobriu o que era ser paciente à custa destes bichos e da maneira presunçosa como faziam questão em demorar imenso tempo a descolar-se de tectos ou, de um modo geral, qualquer zona por nós inalcançável. Fomos nós que percebemos afinal o que era isto da persistência quando, apesar de todos os ralhetes das nossas mães, continuámos a atirar com eles para todo o lado só para termos de as ouvir gritar ainda mais alto. Fomos nós que aprendemos as primeiras lições de higiene quando tivémos de nos desenrascar a lavar aquilo quando o pó que acumulava já lhe tinha retirado todo o poder pegajoso, só para não termos de comprar mais nenhum [até porque, por esta altura, os nossos pais já tinham ganho um ódio tão grande por aquilo que a compra de um substituto seria a última coisa que iriam financiar.].

Não posso precisar como eram os meus pegamonstros – se lobisomens, zombies ou vampiros (sim, na altura já os havia. e bastante mais credíveis, diga-se!) – porque, ao que constato, todos acabavam da mesma forma. Um grande aglomerado irreconhecível de todo o tipo de cotão.

Obrigada, pegamonstros. Obrigada, mães que aturaram estes seres estranhos nos vossos tectos, paredes, televisões ou mesmo no próprio corpo [não sei quanto a vós, mas eu era este tipo de filha.].


(E agora não me venham com tretas...que o Flubber, a ser um pegamonstro, era um muito fraquinho.)

02 fevereiro 2010

"Ramona"

Estando na cidade da Ria, não podíamos deixar de ir comer os mais famosos hambúrgueres da cidade.

Local: Restaurante Ramona.
Dia: Estávamos ainda no ano de 2009. Mês do Natal.



E lá estávamos nós. As 3 do costume. Sem nada na mesa sem ser os 3 telemóveis. [Uma época complicada, havia ali muita comunicação extra-mesa, montes de complicações.] E vieram as bebidas. As batatas com aquele molho. E depois aquele tão falado hambúrguer [Que diga-se de passagem, realmente é bom. Nós nem gostamos de cebola e comemo-la!] E conversa puxa conversa, e depois de contadas as novidades das últimas horas [havia ali mesmo muita coisa], surge ali uma constatação que achámos que merecia ser partilhada com o mundo, visto que nos trouxe um momento hilariante e cheio de gargalhadas [percebo se não conseguirem lá chegar. Não está ao alcance de todos. Nem todos têm as mentes, vah, tão limpinhas e insanas como as nossas. E também porque não estavam lá, senão percebiam.]
E tudo começa com uma revelação da minha mãe: «’Morgaine’ [ela não me chama assim, mas vamos fingir que sim!] sabes o que era antigamente chamada de Ramona, além do carro do meu tio!?» E está claro que eu não sabia. Mas fiquei a saber. Ramona era o nome chamado ao carro [e talvez também aos polícias] que ia recolher as meninas que, à noite, resolvem, ilegalmente, trabalhar. Não percebo o porquê. Mas chamemos-lhe, hipoteticamente, de… humm… prostitutas [não pode ser pegas, que essas são mulheres novas e bonitas, o que poderia não ser o caso].
E então foi aí que nos apercebemos. Estávamos dentro do ‘Ramona’. Da ‘Ramona’. O que será que estava o dono a pensar quando pôs este nome ao restaurante? Pensaria ele que iria ser frequentado por quem? Parecendo que não, acaba por estar a insultar os seus clientes, se estes pensarem um pouco no assunto. Será que ele quereria ser processado por difamação? Ou na realidade, não era bem hambúrgueres que ele queria vender ali?
E depois, está claro, tivemos que nos pôr a disparatar [era óbvio, não?]. Então, sendo aquilo uma ‘Ramona’, como acham que chamávamos às pessoas (em sussurros, claro!) que estavam constantemente a entrar nela? [ela sim, porque o carro era uma carrinha, segundo a fonte] Então, e como acham que imaginávamos os empregados vestidos? Eram eles que estavam a trabalhar na ‘Ramona’!

Sim, somos estranhas. Sim, não temos mais que fazer. Sim, só pensamos disparates. Mas sim, somos felizes exactamente desta forma. E que continuemos a achar locais assim, em que seja possível tais analogias. Vamos delirar com elas!

P.S. A primeira risca que pudemos fazer na nossa lista de afazeres antes do final da boa vida! Está a primeira botija paga!