21 novembro 2010

Parabéns a vocês

Parabéns a vocês que tornam este dia tão especial. Sim porque ele só é especial graças a vocês, é especial graças a todos os miminhos que recebi hoje =D

Parabéns a vocês que partilham este dia comigo. Não tinha piada fazer anos sem vos ter às duas sempre ao meu lado, a ajudar a apagar as velas. Não gosto do dia do meu aniversário. Gosto do dia do nosso aniversário. Partilhar este dia com vocês é um dos maiores privilégios que podia ter. E é tão bom ter a certeza absoluta que isto é uma coisa que vamos partilhar para sempre.

Por isso Parabéns Inês e Raquel
Por isso Parabés a vocês todos

20 novembro 2010

19 novembro 2010

A sorte escrita em 4 folhas


Costumava encontrar muitos trevos de quatro folhas. Uma folha a mais do que o normal, uma mutação que dizem dar sorte. Apanhava todos aqueles que pudesse e por cada um deles pedia um desejo. O mesmo desejo repetido 4 vezes, uma vez por cada folha. Quando era pequena costumava encontrar muitos trevos de quatro folhas. Agora não. Mas, continuo a ter muitos desejos para pedir, por isso passei a pedir desejos às estrelas. São mais fáceis de encontrar (:

Parágrafos (V)

"Raindrops on roses and girls in white dresses
It's sleeping with roaches and taking bad chances
At the shade of the sheets before all the stains
And a few more of your least favorite things"

18 novembro 2010

Running out of time

O que acontece quando queremos viver tudo de uma vez? Sentir tudo e tudo ao mesmo tempo? Quando sentimos o tempo a bater-nos nos calcanhares e tentamos correr ainda mais rápido? Corremos, corremos, corremos… E não há espaço para fadigas ou cansaços, porque não sabemos se na próxima curva há um semáforo vermelho ou um STOP que nos obriga a ficar fora da próxima jogada. Então, afastamo-nos ainda mais da sensação que buscamos com tanta urgência, o tic-tac do relógio martela-nos como tambores aos ouvidos e as nossas ambições ficam do outro lado da estrada, para sempre do outro lado da estrada.

Eu sei o que sobra quando é para o “tudo” que corremos contra o relógio.

Sobra o vazio.

O vazio de nunca o alcançar, de nunca ser completo, de nunca ser perfeito.

E ainda assim, não consigo abrandar o passo.

10 novembro 2010

Aracnofobia

“Aracnofobia é o medo (ou fobia) de aranhas. É a mais comum das fobias e possivelmente a fobia de animais mais extensa. As reacções dos aracnofóbicos parecem frequentemente irracionais às pessoas, e mesmo ao próprio. Tentam permanecer o mais longe de todos os locais onde pensam que habitam aranhas, ou onde já as observaram. Se virem uma aranha perto de algum lugar onde vão entrar, evitam entrar nesse lugar, mesmo que a distância entre o local e onde está a aranha seja grande, ou então terão que fazer um esforço enorme para controlar o seu medo, que está caracterizado na respiração rápida, por taquicardia e por náuseas.”
Adaptado de: wikipédia


Passou o portão grande de casa para a rua. Olhou para trás como se se tivesse esquecido de algo, e gritou. Uma aranha, daquelas com um corpo bem redondo e protuberante, com aquelas patas riscadas a amarelo e negro. Ali estava ela, pendurada na sua teia, como que demarcando o seu território, reclamando aquela entrada como sendo sua, aquela casa como sendo o seu próximo espaço.
Ela afastou-se do portão. Nada queria mais dali. Desviou-se, mais do que o necessário, e seguiu o seu caminho, pensando como entraria em casa quando voltasse. Como poderia passar por todos aqueles olhos sem ser vista, por tantas patas riscadas sem ser apanhada. Como poderia transpor o portão grande, sabendo que ela estava ali, mesmo ao lado, vedando o caminho do portão pequeno.
Por momentos esqueceu-se e seguiu com o dia, tão natural como se um dia normal se tratasse.
Chegando-se a casa lembrou-se, mesmo a tempo. Não se chegou perto do portão pequeno. Atravessou logo pelo grande. Mas olhou. Quis saber onde ela se mantinha alerta, para poder saber se poderia passar, para ter a certeza que ela ainda não se apoderara da casa. Olhou. E encontrou-a. Ali estava ela, exactamente no mesmo sítio da teia onde havia estado horas antes. Mas algo estava diferente. Ali perto havia mais alguma coisa. Outra teia… outras riscas amarelas e negras… outro corpo gordo… outros olhos…
Sentiu-se invadida por suores frios. Sentiu o coração disparar. Correr para dentro de casa, passando o mais longe possível daqueles seres. Correu para casa, bateu com as portas atrás de si e escondeu-se no quarto como se uma simples porta de madeira fosse o suficiente para barrar o caminho que tais criaturas pudessem querer explorar.

07 novembro 2010

saudade eterna

Pudera eu tocar essas tuas asas de anjo. Voas tão alto que só te consigo ver de longe.
Hoje sonhei contigo e acordei a sorrir. Não me lembro de sonhar, mas se acordei a sorrir sei que o devo a ti.
Aposto que me sussurravas coisas melosas ao ouvido. E eu que nem gosto disso, derretia-me todo.
Sonhava de certeza poder ter-te nos braços, de verdade. Os teus cabelos enrolados nos meus dedos, a tua boca à distância de um quase-beijo.
Desses teus lábios que eu adoro. Adorei...

Pudera eu ter-te aqui. Pudera eu estar contigo. Pudera eu ter chorado quando foste. Para mostrar, aí onde estás, que me importei. De verdade.
Que a tua partida me magoou...tanto!

Os amores que acabam, porque duas pessoas já não se amam, devem ser suportáveis. Sei que são.
Mas a partida de quem amamos, de quem não nos pudémos despedir, dói muito. Sei que dói.

Não porque não te disse o quanto te amava. Não porque te queria encher a cabeça de lamechices. Mas porque continuo a precisar de ti! De te beijar. Os teus lábios estão frios e o teu corpo não tem o mesmo calor.

Sonho contigo. Sonho que te toco. Estou perdido, amor... Mas sei que tenho de continuar.
Só te peço que baixes um pouco o teu voo.
Esta noite quero voltar a tocar os teus pés...

(imagem by Tuncaycetin)

02 novembro 2010

pensamentos em remoinho X


Amanhã, vou-me sentar ao pé da janela e comer um grande pequeno-almoço.
Para isso, amanhã, vou acordar cedo e ver o sol chegar.

Amanhã vou deixar os ressentimentos.
Amanhã vou deixar que os outros falem, pensem o que quiserem de mim. Porque só eu sei a verdade.

Amanhã vou sorrir, como sorrio agora das coisas mais parvas que penso.

Agora vou deitar a cabeça na almofada (já com lençóis de flanela) e sonhar que amanhã vou fazer aquilo que está nos conformes.

Aquilo que todos deveríamos ser. Humanos.

Parágrafos (IV)

Eram elas, era ela, uma vez mais!

No mesmo sitio, na mesma exacta hora, onde ele se encontrava. E ele sabia que aqueles encontros não podiam ser fortuitos ou obra do acaso, não com aquela frequência. De alguma forma ela sabia que o havia de o encontrar ali, naquele local naquela precisa hora.

Não era algo que o incomodasse particularmente, ela estava ali, ele também mas nunca haviam de se falar, as cortesias à muito que se haviam esgotado entre eles, os “olás”, os sorrisos ou mesmo os acenos condescendentes já de nada valiam.

Havia no entanto algo, que apesar do tempo e da distância nunca conseguiram dissimular convenientemente: o olhar. A troca de olhares fugazes não os largava, havia sempre alguma altura em que os olhos varriam toda a multidão à procura dos dele… dos dela.

E, por alguma razão mal explicada, isso era suficiente para ele… para ela.

01 novembro 2010

LALALALALALALALALALALALALALALAL

é o que me apetece dizer às vezes.
tapar os ouvidos e dizer "lalalalalalalalalalalala, não te oiço!"
ou "lalallalalalalalalalalalala, não me apetece pensar nisso!"
ou "lalalalalalaalallalalalalala" quando canto e não sei a letra.
ou "lalalalalalalalalalalalalala?" quando não percebo. (na verdade digo algo menos glamoroso)
ou um "lalalalalalalalalalala", mais mental quando tenho de apanhar uma vacina ou fazer um piercing.
um "lalalalalalalala" que antece algo doloroso ou substitui algo.


pudera eu dizer isto à vida e substituir os espaços que quero deixar em branco com um "lalalalalalalalaal". soa bem. fica melhor.

e "lalalalalalalalalal", não magoa ninguém.

silent void

Parece que puseram uma pedra muito pesada em cima do peito e há meses que não consigo respirar direito. não consigo sequer pensar direito.

e ainda pior, não consigo ser eu, tal como me conheço.


"Out if this black hole show, by the black sea,
We're all surrounded by the old, just running their stuff,
We don't really care for them, they don't really care for us,
You see, I don't wanna be what they meant all of us to be,
Shaking hands with the sales artist, the master degrees,
With the, lost kids and the loveless ones,
Yeah I can look like them but I'll never be one,
And if you wanna be the bullet out of this gun,
Then tell us please what you're made of,
Oh tell us please what you're made of"