21 novembro 2011

Anti-Parabéns para ti!


Não sou de decorar datas de aniversário. Não porque não goste das pessoas, mas sim porque a minha memória já não é o que era e já pouco consegue reter. A culpa, em parte também é tua, ajudaste a afogar grande parte dos meus neurónios, sem dúvida.
Mas hoje são os teus anos. E a verdade é que andei uma semana a dizer “… para a semana são os anos dela… na 2ª feira ela faz anos”. E o que é que sucede quando chega a 2ª feira!? É meia-noite e aqui a je está a dormir. Enfim.
Com isto não significa que me esqueci de ti, nem sequer do teu dia. Se aí tivesse sabes o quanto andaria a formular planos para o festejo (coisa que tu não gostas, mas tens que levar porque eu não deixo que seja de outra maneira)!
E é assim! Mais um ano passou, e as tuas rugas já começam a reclamar os anos de festa. Pois. Deixa lá, estamos todas para o mesmo. O importante é que, mesmo longe, centenas de quilómetros afastadas, e mesmo sem a minha memória a funcionar como eu gostaria, tu estás no meu pensamento. E se eu pudesse, estarias aqui bem pertinho também!
A verdade é que se pudesse voltava atrás. Muitos dizem que não se deve pensar em mudar o passado, porque é dele que somos feitos. Mas a verdade é que eu voltava, e mudava pequenas coisas, sendo uma delas, tu! E tu sabes bem do que falo, ou escrevo (como preferires)!
Um dia disseste-me que cada pessoa tem uma pessoa certa para cada tempo certo. Continuo a acreditar nisso. Mas a isto tenho a acrescentar que cada pessoa tem também um grupo de pessoas certo, e esse não muda com o tempo!
A verdade é que não consigo escrever nada de jeito, e tudo isso se deve a que deixei de conseguir dizer o que quero, porque a ti, aprendi a dizê-lo por gestos.
A verdade é que estás demasiado longe. Mas se eu aí tivesse, chegar-me-ia de mansinho do teu lado e encostaria a cabeça no teu ombro. Se aí tivesse, abria-te a porta de casa e esmagava-te com um abraço.
Sim, isto tudo pode parecer amor a mais. Pois, mas não é. A amizade por vezes assume esta forma. E contigo, a forma da minha amizade é o carinho que me ensinaste a demonstrar. E por isso tenho para te oferecer um Obrigado!

Anti-Parabéns Pessoa (:

14 novembro 2011

O dilema do nada



Os meus pés tornam-se lentos. Os meus braços, pesados.
Ao sentar-me, sou envolvida por uma força invisível que não me permite levantar.
Ao deitar-me, sou agarrada por braços transparentes que não me deixam continuar.
Os dias passam, mas a rotina do nada mantém-se. Nada se altera. E a vontade continua escondida para não ser encontrada.
Aquela força fugiu e nunca mais voltou.
Os dias passam, mas nada se altera.

E a verdade é que nem a força e a vontade 
se conseguem aliar para mudar o rumo dos dias.