Local: Restaurante Ramona.
Dia: Estávamos ainda no ano de 2009. Mês do Natal.
E lá estávamos nós. As 3 do costume. Sem nada na mesa sem ser os 3 telemóveis. [Uma época complicada, havia ali muita comunicação extra-mesa, montes de complicações.] E vieram as bebidas. As batatas com aquele molho. E depois aquele tão falado hambúrguer [Que diga-se de passagem, realmente é bom. Nós nem gostamos de cebola e comemo-la!] E conversa puxa conversa, e depois de contadas as novidades das últimas horas [havia ali mesmo muita coisa], surge ali uma constatação que achámos que merecia ser partilhada com o mundo, visto que nos trouxe um momento hilariante e cheio de gargalhadas [percebo se não conseguirem lá chegar. Não está ao alcance de todos. Nem todos têm as mentes, vah, tão limpinhas e insanas como as nossas. E também porque não estavam lá, senão percebiam.]
E tudo começa com uma revelação da minha mãe: «’Morgaine’ [ela não me chama assim, mas vamos fingir que sim!] sabes o que era antigamente chamada de Ramona, além do carro do meu tio!?» E está claro que eu não sabia. Mas fiquei a saber. Ramona era o nome chamado ao carro [e talvez também aos polícias] que ia recolher as meninas que, à noite, resolvem, ilegalmente, trabalhar. Não percebo o porquê. Mas chamemos-lhe, hipoteticamente, de… humm… prostitutas [não pode ser pegas, que essas são mulheres novas e bonitas, o que poderia não ser o caso].
E então foi aí que nos apercebemos. Estávamos dentro do ‘Ramona’. Da ‘Ramona’. O que será que estava o dono a pensar quando pôs este nome ao restaurante? Pensaria ele que iria ser frequentado por quem? Parecendo que não, acaba por estar a insultar os seus clientes, se estes pensarem um pouco no assunto. Será que ele quereria ser processado por difamação? Ou na realidade, não era bem hambúrgueres que ele queria vender ali?
E depois, está claro, tivemos que nos pôr a disparatar [era óbvio, não?]. Então, sendo aquilo uma ‘Ramona’, como acham que chamávamos às pessoas (em sussurros, claro!) que estavam constantemente a entrar nela? [ela sim, porque o carro era uma carrinha, segundo a fonte] Então, e como acham que imaginávamos os empregados vestidos? Eram eles que estavam a trabalhar na ‘Ramona’!
Sim, somos estranhas. Sim, não temos mais que fazer. Sim, só pensamos disparates. Mas sim, somos felizes exactamente desta forma. E que continuemos a achar locais assim, em que seja possível tais analogias. Vamos delirar com elas!
P.S. A primeira risca que pudemos fazer na nossa lista de afazeres antes do final da boa vida! Está a primeira botija paga!
2 comentários:
gosto quando parece que, de uma maneira extremamente peculiar, arranjamos forma de tornar especiais acontecimentos banais.
quando tenho a certeza que qualquer pessoa que entrasse no 'ramona' não ia perceber nada do que estávamos a dizer, mesmo que lhe déssemos a oportunidade de ouvir a conversa toda.
porque estabelecemos uma qualquer sintonia de parvoíce que me faz feliz. obrigada por isso.
* a primeira botija está paga. mas olhem com atenção...temos lá mais umas duas ou três por pagar. [e com isso hão-de vir relatórios bem bonitinhos, espero.]
vamos pagar a proxima botija quando?
o.O
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