16 janeiro 2010

Pensamentos em remoinho I

À medida que te foste distanciando, percebi que tinha perdido a pessoa da minha vida. A pessoa certa, naquele momento.
Mas nao te podia ter ou sequer lutar por ti, porque tu não querias.

Teria adorado ter-te dado toda eu. Da forma mais íntima que me pedisses. Sem pudor, sem ter medo de ser rídicula.

Teria trocado as minhas botas velhas por saltos altos, no nosso primeiro encontro.
Teria deixado os palavrões em casa e trocado o meu sorriso cínico pelo olhar de adoração dos apaixonados.
Teria feito caracóis e pintado as unhas da cor que tu adoras.
Teria deixado de ser eu, para me tornar tua. E o quanto teria adorado.
Não querias. Não queres.

Às vezes amar é saber deixar a pessoa ir. Mesmo que doa. Mesmo que seja para os braços de outra qualquer. Mesmo que nunca tenhas sabido o que é estar nos meus.

Adeus pessoa certa. Deste momento...






(Adaptado de um texto meu de 4/Out/2009)

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