Descansaste os olhos nela como quem procura aquele quente de casa. E ela acolheu-te com um coração frio e um tapete de boas-vindas à entrada.
Hesitaste. Era do calor que sentias falta. Do aconchego acolhedor de um sorriso rasgado, de uma ironia gasta, de um abraço sincero. Mas conformaste-te. Que fosse.
Tentaste imaginá-la outra, diferente, tão longe do que ela é enquanto os monossílabos acanhados que pronunciavam eram lançados ao ar. Mas ela era a única lá; amarraste essa desculpa ao coração para fazer o equilíbrio perfeito com o peso de consciência que se formava.
E nessa noite amaste outra nela.
Tão errado. E tão certo, afinal.
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