07 novembro 2009

...céus de outrém...

Descansaste os olhos nela como quem procura aquele quente de casa. E ela acolheu-te com um coração frio e um tapete de boas-vindas à entrada.






Hesitaste. Era do calor que sentias falta. Do aconchego acolhedor de um sorriso rasgado, de uma ironia gasta, de um abraço sincero. Mas conformaste-te. Que fosse.





Tentaste imaginá-la outra, diferente, tão longe do que ela é enquanto os monossílabos acanhados que pronunciavam eram lançados ao ar. Mas ela era a única lá; amarraste essa desculpa ao coração para fazer o equilíbrio perfeito com o peso de consciência que se formava.







E nessa noite amaste outra nela.

Tão errado. E tão certo, afinal.

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