07 novembro 2010

saudade eterna

Pudera eu tocar essas tuas asas de anjo. Voas tão alto que só te consigo ver de longe.
Hoje sonhei contigo e acordei a sorrir. Não me lembro de sonhar, mas se acordei a sorrir sei que o devo a ti.
Aposto que me sussurravas coisas melosas ao ouvido. E eu que nem gosto disso, derretia-me todo.
Sonhava de certeza poder ter-te nos braços, de verdade. Os teus cabelos enrolados nos meus dedos, a tua boca à distância de um quase-beijo.
Desses teus lábios que eu adoro. Adorei...

Pudera eu ter-te aqui. Pudera eu estar contigo. Pudera eu ter chorado quando foste. Para mostrar, aí onde estás, que me importei. De verdade.
Que a tua partida me magoou...tanto!

Os amores que acabam, porque duas pessoas já não se amam, devem ser suportáveis. Sei que são.
Mas a partida de quem amamos, de quem não nos pudémos despedir, dói muito. Sei que dói.

Não porque não te disse o quanto te amava. Não porque te queria encher a cabeça de lamechices. Mas porque continuo a precisar de ti! De te beijar. Os teus lábios estão frios e o teu corpo não tem o mesmo calor.

Sonho contigo. Sonho que te toco. Estou perdido, amor... Mas sei que tenho de continuar.
Só te peço que baixes um pouco o teu voo.
Esta noite quero voltar a tocar os teus pés...

(imagem by Tuncaycetin)

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