No mesmo sitio, na mesma exacta hora, onde ele se encontrava. E ele sabia que aqueles encontros não podiam ser fortuitos ou obra do acaso, não com aquela frequência. De alguma forma ela sabia que o havia de o encontrar ali, naquele local naquela precisa hora.
Não era algo que o incomodasse particularmente, ela estava ali, ele também mas nunca haviam de se falar, as cortesias à muito que se haviam esgotado entre eles, os “olás”, os sorrisos ou mesmo os acenos condescendentes já de nada valiam.
Havia no entanto algo, que apesar do tempo e da distância nunca conseguiram dissimular convenientemente: o olhar. A troca de olhares fugazes não os largava, havia sempre alguma altura em que os olhos varriam toda a multidão à procura dos dele… dos dela.
E, por alguma razão mal explicada, isso era suficiente para ele… para ela.
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