18 novembro 2010

Running out of time

O que acontece quando queremos viver tudo de uma vez? Sentir tudo e tudo ao mesmo tempo? Quando sentimos o tempo a bater-nos nos calcanhares e tentamos correr ainda mais rápido? Corremos, corremos, corremos… E não há espaço para fadigas ou cansaços, porque não sabemos se na próxima curva há um semáforo vermelho ou um STOP que nos obriga a ficar fora da próxima jogada. Então, afastamo-nos ainda mais da sensação que buscamos com tanta urgência, o tic-tac do relógio martela-nos como tambores aos ouvidos e as nossas ambições ficam do outro lado da estrada, para sempre do outro lado da estrada.

Eu sei o que sobra quando é para o “tudo” que corremos contra o relógio.

Sobra o vazio.

O vazio de nunca o alcançar, de nunca ser completo, de nunca ser perfeito.

E ainda assim, não consigo abrandar o passo.

2 comentários:

AAdagio disse...

parece que quanto mais quero parar, congelar, fazer tropeçar o tempo, mais ele me ultrapassa. mais ele me faz correr atrás dele :S!!

Whatsername disse...

Eu digo que devíamos placá-lo e tirar-lhe as sapatinhas pa ver se anda mais devagarinho x)