Sentámo-nos ambas naquela varanda, numa terra totalmente desconhecida, a olhar um ceú que nos parecia familiar. Sempre me soubes-te ler. Não é fácil. Não deixo que ninguém veja o que estou a pensar. Mas a ti, não te conseguia deixar do lado de fora da minha mente. Naquela varanda, naquela terra que muitos consideram Santa, confessámos os nossos erros. Admitimos ter medo. E mesmo sem palavras, mesmo no mais profundo silêncio, admitimos que estavamos ali para fugir aos nossos problemas. Lembro-me que estava sempre vento naquele sitio. E aquele vento sabia-me tão bem. Pareceu-me na altura que me levava todos os medos para longe. E tentei dizer-te para fazeres o mesmo. Para te deixares ir, para sentires o vento, para deixares que ele levasse o passado para longe. Não sei se me ouviste naquela altura, mas sei que acabaste por fazer isso. Hoje nenhuma de nós tem medo. Hoje ambas deixámos o passado para trás. E os erros de que falámos naquela varanda…esses foram levados por aquele vento abençoado para bem longe. Só ficaram as lições que tirámos deles.
Afinal dizer que me tinhas feito chorar com aquele texto não era suficiente. Faltou-me dizer-te isto.
Quando voltares, havemos de nos sentar de novo na varanda. E vais-me contar todas as tuas aventuras. Vais-me falar de erros, e de descobertas fantásticas. Eu vou sorrir, e baixinho vou dizer aquilo que tu já sabes. “Senti a tua falta”
1 comentário:
="]
E eu vou querer ouvir todos os teus feitos e conquistas. E vou tentar descobrir tudo aquilo que não me quiseres dizer por palavras... =')
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