
Adaptado de: wikipédia
Passou o portão grande de casa para a rua. Olhou para trás como se se tivesse esquecido de algo, e gritou. Uma aranha, daquelas com um corpo bem redondo e protuberante, com aquelas patas riscadas a amarelo e negro. Ali estava ela, pendurada na sua teia, como que demarcando o seu território, reclamando aquela entrada como sendo sua, aquela casa como sendo o seu próximo espaço.
Ela afastou-se do portão. Nada queria mais dali. Desviou-se, mais do que o necessário, e seguiu o seu caminho, pensando como entraria em casa quando voltasse. Como poderia passar por todos aqueles olhos sem ser vista, por tantas patas riscadas sem ser apanhada. Como poderia transpor o portão grande, sabendo que ela estava ali, mesmo ao lado, vedando o caminho do portão pequeno.
Por momentos esqueceu-se e seguiu com o dia, tão natural como se um dia normal se tratasse.
Chegando-se a casa lembrou-se, mesmo a tempo. Não se chegou perto do portão pequeno. Atravessou logo pelo grande. Mas olhou. Quis saber onde ela se mantinha alerta, para poder saber se poderia passar, para ter a certeza que ela ainda não se apoderara da casa. Olhou. E encontrou-a. Ali estava ela, exactamente no mesmo sítio da teia onde havia estado horas antes. Mas algo estava diferente. Ali perto havia mais alguma coisa. Outra teia… outras riscas amarelas e negras… outro corpo gordo… outros olhos…
Sentiu-se invadida por suores frios. Sentiu o coração disparar. Correr para dentro de casa, passando o mais longe possível daqueles seres. Correu para casa, bateu com as portas atrás de si e escondeu-se no quarto como se uma simples porta de madeira fosse o suficiente para barrar o caminho que tais criaturas pudessem querer explorar.
Ela afastou-se do portão. Nada queria mais dali. Desviou-se, mais do que o necessário, e seguiu o seu caminho, pensando como entraria em casa quando voltasse. Como poderia passar por todos aqueles olhos sem ser vista, por tantas patas riscadas sem ser apanhada. Como poderia transpor o portão grande, sabendo que ela estava ali, mesmo ao lado, vedando o caminho do portão pequeno.
Por momentos esqueceu-se e seguiu com o dia, tão natural como se um dia normal se tratasse.
Chegando-se a casa lembrou-se, mesmo a tempo. Não se chegou perto do portão pequeno. Atravessou logo pelo grande. Mas olhou. Quis saber onde ela se mantinha alerta, para poder saber se poderia passar, para ter a certeza que ela ainda não se apoderara da casa. Olhou. E encontrou-a. Ali estava ela, exactamente no mesmo sítio da teia onde havia estado horas antes. Mas algo estava diferente. Ali perto havia mais alguma coisa. Outra teia… outras riscas amarelas e negras… outro corpo gordo… outros olhos…
Sentiu-se invadida por suores frios. Sentiu o coração disparar. Correr para dentro de casa, passando o mais longe possível daqueles seres. Correu para casa, bateu com as portas atrás de si e escondeu-se no quarto como se uma simples porta de madeira fosse o suficiente para barrar o caminho que tais criaturas pudessem querer explorar.
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