«(...) Tal como se encontrava, com a sua velha túnica manchada e tornada já quase num farrapo, caim, depois de limpar o melhor que pôde as pernas sujas de barro, seguiu o enviado. Entraram no palácio por uma pequena porta lateral que dava para um vestíbulo onde duas mulheres esperavam. Retirou-se o enviado para ir dar parte que o pisador de barro abel já se encontrava ali e ao cuidado das escravas. Conduzido por elas a um quarto separado, caim foi despido e logo lavado dos pés à cabeça com água tépida. O contacto insistente e minucioso das mãos das mulheres provocou-lhe uma erecção que não pôde reprimir, supondo que tal proeza seria possível. Elas riram e, em resposta, redobraram de atenções para com o órgão erecto, a que, entre novas risadas, chamavam flauta muda, o qual de repente havia saltado nas suas mãos com a elasticidade de uma cobra. O resultado, vistas as circunstâncias, era mais do que previsível, o homem ejaculou de repente, em jorros sucessivos que, ajoelhadas como estavam, as escravas receberam na cara e na boca.», retirado de "Caim", José Saramago (a decorar, pp. 57-58)

[Dito isto, a única razão pela qual ainda estou dedicada a esta leitura é puro e simples respeito ao Nobel. Claro. Além disso, desculpas pessoais pelas imagens que com certeza surgiram na vossa mente ao longo da leitura do post. Não pretendo com isto enxovalhar nenhuma classe etária; eu até gosto de velhotes, juro que sim. (Mas não assim, calma.)]
1 comentário:
aaaahhhhhh... DRIMNAAAA!!!!
Enviar um comentário