Porque todos nós chegamos a um momento em que devíamos dizer isto, porque apesar de tudo o que nos possa acontecer, temos que nos compôr e seguir em frente.
30 dezembro 2011
Better words
19 dezembro 2011
Será isto apenas o início do fim!?
Estou completamente abismada.Hoje descubro que não tenho gás.Coisa normal, diriam vossas excelências. E eu respondo: Normal, pois, se não tivesse mudado a botija à meia dúzia de dias. Calço as minhas botas, boto o casaco de Inverno, que está frio na rua, e lá vou eu mudar a botija, que parece que desta vez vinha meia vazia. E aí me deparo com a cena mais estranhíssima que poderia encontrar: não havia botija. O lugar dela estava a ser preenchido por uma grande camada de ar. "Ar e vento", como os mais velhos diriam. E então pensei: meio vazia nada, desta vez venderam-me uma botija toda xpto que vai desaparecendo à medida que o gás se usa. É ecológica. É isso, ou então alguma alma peneda precisou de gás para botar fogo ao Inferno!
18 dezembro 2011
isto é uma crónica sobre propósitos.
Há os propósitos quando se anda nua pela casa e somos apanhados por alguém da família que nos alerta com um ‘Então, rapariga, resguarda-te, que vergonha! Não viste que estava aqui o tio Manel? Afinal que propósitos são esses?’. Estes propósitos são os que se enquadram na categoria de ‘questionáveis’ na medida em que se seguem sempre de uma interrogação. Ainda por cima uma interrogação convencida, que nem pede resposta nem nada.
Depois temos os propósitos que toda a gente diz que não tem quando faz algo mal. ‘Desculpa, não foi de propósito’. Não foi (uma merda) o catano! Tudo tem um propósito, mais não seja o ‘desculpa, sou um desajeitado com as mãos e logo as duas foram aterrar nas tuas mamas’ ou ‘mil perdões, estava apenas a testar os bicos do fogão desde ontem; nunca pensei que a tua casa fosse pelos ares’.
Sejamos sinceros, gente.
A começar por mim. Menti-vos. A falta de propósito existe em ‘propósito’ como sinónimo de ‘objectivo’. E nessa falta atentem, que é das mais (parolas) complicadas da existência humana.
21 novembro 2011
Anti-Parabéns para ti!
14 novembro 2011
O dilema do nada
31 outubro 2011
24 outubro 2011
A dita crise portuguesa!
16 outubro 2011
07 outubro 2011
18 setembro 2011
pensamentos em remoinho XI
13 setembro 2011
No Escuro
30 agosto 2011
a nostalgia que impregna o ar
- Setembro: início de aulas
- Até Dezembro: levantar - aulas - comer - aulas - comer - casa - coisas - cama
- Dezembro: as férias de Natal
- Até Março/Abril/Maio (depende do que alguém decide): levantar - aulas - comer - aulas - coisas - cama
- Março/Abril/Maio (novamente, depende do que alguém decide): férias da Páscoa
- Até Junho/Julho: levantar - aulas - comer - aulas - comer - coisas cama / levantar - estudar - exames - estudar - cama - ah! e comer alguma coisa também
- De Julho a Setembro: as bem esperadas Férias de Verão
Com Enterros e Integras-te pelo meio, foram os últimos 4 anos.
Hoje.. Hoje... Hoje acaba uma vida. Hoje acabam os planos, as aulas, as coisas. Acaba uma vida.
Hoje acaba o que conhecemos, o que desejámos prolongar pelo infinito.
Hoje é o dia em que tudo isto acaba. E leia-se hoje como os dias que vivemos nos tempos que correm.
Porque é hoje que acaba.
E é hoje que vai começar um desconhecimento total. E se não formos extremamente cuidadosas, podemos perder o rumo neste Mundo estranho.
"A Vida Era uma Seca"
Mas não sabíamos tão seca que a vida poderia vir a ser.
Volta para nós, Vida Triste, impregnada de sorrisos, diversão e histórias fabulásticas.
Volta para nós, Vida Triste.
Volta para nós, que desta vez dar-te-emos o dobra da importância...
29 agosto 2011
InFim...
28 agosto 2011
25 agosto 2011
Sweet Dreams
Who sends monsters to kill us and at the same time sings that we'll never die?
Who teaches us what's real and how to laugh at lies?
Who decides why we live and what we'll die to defend?
Who chains us?
And who holds the key that can set us free?
You have all the weapons you need.
23 agosto 2011
21 agosto 2011
Todos os Domingos deviam começar assim
20 agosto 2011
wish i could go back in time
12 agosto 2011
11 agosto 2011
Test-Drive
10 agosto 2011
09 agosto 2011
Imaginação, Dream, Fantaisie, Ilusión, Es war einmal, Allucinazione, ουτοπία
I dream that the future stretches out his hand for me to catch it.
Je fantasme que les distances sont simple défi.
Estoy seducida por la voluntad de continuar lo que empecé.
Ich sage mir die Geschichte von Cinderella: Es war einmal...
Ho le allucinazioni di un futuro che spero sarà possibile.
Ουτοπία μου είναι το δώρο μου.
08 agosto 2011
05 agosto 2011
03 agosto 2011
17 julho 2011
Aveiro: até sempre
“Aveiro, conhecida como a "Veneza de Portugal" é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Aveiro, na região Centro e pertencente à sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 55 291 habitantes. Fica situada a cerca de 58km a noroeste de Coimbra e a cerca de 68km a sul do Porto, sendo a principal cidade da sub-região do Baixo Vouga com 398 467 habitantes, a sub-região mais populosa da região Centro e a segunda cidade mais populosa no Centro de Portugal, depois de Coimbra.”
Esta é a definição de Aveiro da wikipedia. Mas há muita coisa que ela não sabe sobre esta cidade.
Não sabe que está quase sempre vento em Aveiro. Que o vento costuma irritar os habitantes de Aveiro. Que não vale a pena tentar andar penteado no verão, ou de guarda chuva no inverno, porque acabamos sempre por ficar desgrenhados, ou com meio chapéu na mão. E muito menos sabe que basta sair de Aveiro por uns tempos para quando voltarmos, percebermos que sentimos saudades daquele vento. Percebermos que sentimos saudades da leveza que costumamos sentir naqueles dias ventosos, do conforto de sermos envolvidos por braços invisíveis, sôfregos de nos agarrar a todo o custo. Percebermos que o vento nos limpa o espírito, aclara as ideias, leva para longe pensamentos que não deviam sequer existir.
A wikipedia não sabe que a estrutura arquitectónica dos passeios de Aveiro é única. A cada 5 metros há um buraco novo. No inverno as leis da física ditam que cada um desses buracos deve ficar inundado. Ora a wikipedia não faz a menor ideia que por causa disso, é impossível manter os pés secos em Aveiro. Mas basta sairmos de Aveiro para percebermos que o objectivo de tentar levar a melhor sobre aquele percurso de obstáculos a que se chama de “passeio”, era o que nos mantinha acordados e alerta todas as manhas, enquanto percorríamos as ruas ventosas de Aveiro.
A wikipédia nem adivinha que em Aveiro as paredes são de papel. Que é possível ouvir as vizinhas de erasmus que moram em frente e os rebeldes que moram no andar de cima. Mas basta sairmos de Aveiro para percebermos que sentimos falta das festas de karaoke de polacas ou húngaras a tentarem cantar numa língua demasiado estranha para elas, ou dos rapazes do andar de cima a tentarem quebrar a monotonia e a mudar o alinhamento dos moveis todas as semanas.
E já agora deixa-me corrigir-te Wiki. Aveiro não tem cerca de 55 291 habitantes. Tem muitos mais. Tem o dobro se contares com todos os estudantes que por lá passaram e que nunca esqueceram aquela cidade, ou com todos os estudantes que lá estão e que não pretendem arredar pé de lá tão cedo. E não, não fica situada a cerca de 58km a noroeste de Coimbra e a cerca de 68km a sul do Porto. Fica situada nos corações de cada um desses estudantes. E já agora, fica a saber que é por isso que para onde quer que eu vá, consigo levar Aveiro sempre comigo. Porque também eu fui um desses estudantes.
Agora percebes que Aveiro é muito mais do que alguma vez podes descrever wikipedia?? Agora percebes, que hoje a única coisa que consigo dizer é um simples “Até sempre Aveiro. Um muito obrigada por tudo”
Se não percebes, um dia experimenta ir até lá. Experimenta viver lá. Experimenta passar lá os melhores 4 anos da tua vida. Experimenta conhecer lá algumas pessoas que se vão acabar por tornar parte da tua família. Experimenta cantar com orgulho e emoção “Aveiro é nosso”. Experimenta, e vais perceber tudo aquilo que eu disse até agora =)
16 julho 2011
a nossa gera...#6
Torcíamos por Portugal como se fosse o euro 2004 todas as semanas; havia que ficar melhor classificado que a França e a Itália, mas sobretudo que a Grécia.
Se me referirem Eládio Clímaco tenho de pensar duas vezes – à primeira engano-me e digo que é nome de empresa de ares condicionados –, mas se me disserem que era a voz dos jogos sem fronteiras – ai! – como não havia de saber tão bem! Falava sempre do Manel, do João, da Maria das equipas portuguesas como se se conhecessem realmente há muito tempo quando, na verdade – e quanto muito! – tinha partilhado com eles lugares próximos no avião até ao país da prova.
Sempre achei que éramos os maiores, só não sabíamos apostar o joker na altura certa. E o que mais gostava é que era o tipo de programa que, de tão familiar e fofinho, não permitia que qualquer pai ou mãe mandassem os garotos para a cama. Pelo menos os meus nunca se atreveram. Eu adormecia e acho que nunca via as últimas três provas, mas não ia para a cama mais cedo que isso era para os bebés.
17 junho 2011
questão de (pouca) organização
Fazem falta agarrados aos azulejos da cozinha a dizer quem é responsável pela limpeza de quê. É do tipo de organização doméstica mais interactiva que vi; já eficaz – do que me lembro – não foi muito…
Ainda assim, o que é limpinho limpinho é que voltava atrás a estes tempos todos os dias.
15 junho 2011
The time of my life! The time of your live! The time of our lives!
Eu!? Bem… Eu olho para as paredes da minha universidade e digo um ADEUS há vida que ela me proporcionou. E sabem que mais? É bem mais do que tudo o que possas pensar, tu que nunca viveste lá, ou mesmo tu que lá viveste mas só quiseste aproveitar uma das facetas que é a vida de estudante.
E na minha memória ficaram as aulas fantasmas, os profs. que não se sabem explicar, aqueles que se confundem com as perguntas inexperientes dos alunos; as aulas interessantes que nos souberam proporcionar, os senhores professores maxistas e aquelas em que me sentia demasiado burra para acompanhar.
Na memória ficaram as noites de conversa, as gargalhadas, a Nossa Senhora, os cappuccinos as 4h da manhã para manter os olhos abertos para estudar, as irritações em épocas de exames e as doidices em épocas de frequências. Ficam as sessões de maquilhagem, os 40 minutos atrasadas para o restaurante e How I met your mother visto na minha ou na tua cama, ou ainda no ‘nosso’ divã!
Mas mais que isto… Ficaram encravadas as memórias os episódios tão bonitos que ela nem nos deixa voltar a viver, de tão engraçados que são! As idas à 8 de que não há memória, as quedas no BE que todos viram menos tu. As conversas, diálogos e discussões que tiveste com todas aquelas pessoas que se lembram tão bem de ti, menos tu! Os dias seguintes a tremer e manhãs apagadas por litros de água! Sim, as memórias que nos fazem sorrir e querer voltar são aquelas que os outros te contam. Porque tu te divertiste tanto que nem tiveste tempo de guardar os momentos na tua própria memória!
Foi sim o tempo da nossa vida! Foram sim os melhores momentos que poderíamos ter imaginado! Foram sim os melhores anos que se poderia ter desejado.
E não. Se nós não tivéssemos estado em Aveiro, a cidade não seria a mesma, nós não seriamos os mesmos, todos vocês não seriam como são agora, e nem tu nem eu teríamos chegado onde estamos hoje!
15 maio 2011
À amizade por mais de 4 anos (2007-2011)
É difícil por em palavras o que sentimos em 4 minutos, quanto mais em 4 anos. Mas valeram a pena e é isso que guardamos e levamos daqui. Um baú de recordações, marcadas a fogo no coração.
Dizem que daqui para a frente é sempre melhor e que ouviremos falar um do outro. Mas se o ADEUS fosse fácil, a palavra estaria repleta de alegria e não o está.
Mas aproveitei este pedaço de lençol para dizer: és-me tudo. Tornaste-te família.
Desde o compoeteohcaralho.blogspot.com até ao wewillrockyou@soton.ac.uk, muito influenciaste a minha maneira de ser. Gostei de ti desde o primeiro dia e nunca esquecerei que nos cruzámos.
Poderíamos acabar por aqui. Mas há coisas que nunca vão desaparecer: o amor, a amizade, a família, as 6 da manhã! Só agora ganhei coragem para te dizer o quanto te adoro. Amo-te tanto que não te sei amar. Mas vais-me aturar por muito tempo porque eu não te vou largar.
Muita coisa que um dia ficou num local, num tempo, para sempre. E por todos os momentos passados aqui, ali e acolá. Nunca te esqueças do que é realmente importante. Mostra sempre esse sorriso e muita sorte para o próximo passo. Faz muita gente feliz. E acima de tudo, mantém-te presente, tal como as estrelas no céu!
Os amigos são a família que escolhemos. Obrigada por o terem tornado verdade.
Foi um prazer conhecer-te!
13 maio 2011
Hoje vestimos branco. Na despedida
Sentes que um tempo acabou.
Primavera de flor adormecida.
Qualquer coisa que não volta que voou.
Que foi um rio, um ar, na tua vida.
E levas em ti guardado, o choro de uma balada
Recordações do passado.
Capa negra de saudade, no momento da partida.
Segredos desta cidade. Levo comigo p’rá vida =)
Hoje vamos desfilar pela última vez pelas ruas desta cidade, que ao longo de 4 anos se tornou a nossa cidade do coração.
Hoje em contraste com o preto que orgulhosamente ostentámos no passado, vestimos branco.
Hoje somos finalistas
(Este texto tinha sido publicado ontem. O blogger fez o favor de o apagar. Não quer que sejamos finalistas. Eu também não :$!)
11 maio 2011
este não o deixo passar em branco. ai não.
O QUE SE SEGUE É UM PARÊNTESIS NÃO ACONSELHADO A PESSOAS SENSÍVEIS
Aproveitemos então o que estas duas noites e madrugadas nos reservam.
Gosto de vós, maltinha. E disso não se esqueçam nunca.
03 maio 2011
Parabéns a ti!
02 maio 2011
01 maio 2011
30 abril 2011
Lilly's B day
T.
A velhice está a chegar ao blog
- Faz algo de louco, como comer um bolo inteiro ou beber um copo =P
- Daqui a uma semana beberemos 22 shots só para comemorar (olha que o estômago agora é fraquinho, não te esqueças) =P
- Aproveita que estás no estrangeiro para fazer algo que é ilegal no teu país (será dificil no pais que estás).... espera, não é.... podes andar de topless se fores peixeira em certas cidades xD
- ...
Seja o que for que decidires (ou decidirem por ti), aproveita, porque hoje é o teu dia. E não foi em nada ofuscado pelo Roya Wedding de ontem =P
Porque és alguem especial e mereces mais do que coisas especiais. Um óptimo dia para ti. Espero que vejas algo que já não vês à muito ;)
xxxx
25 abril 2011
12 abril 2011
Com um dia de atraso....
26 março 2011
and tomorrow is just a song away
19 março 2011
Dia do pai
Porque as promessas são para se cumprir (e já posso riscar esta da lista)
(favor ler este texto e imaginar que é dia 24 de Janeiro)
Parabéns! Parabéns pelo dia do teu aniversário, parabéns por seres quem és, parabéns por teres alcançado o teu sonho. "Chase your dream and catch it". Lembraste? Disse-te isto há exactamente um ano atrás. E tu perseguiste-o e agarraste-o mesmo com muita força.
Hoje vais voar para longe de mim, mas vais voar para perto daquele que sempre foi o teu destino. Parabéns por teres conseguido isso :)
Um dia espero poder ir ter contigo. E poder também eu agarrar o meu sonho. Espera aí por mim sim =)?
E esta é para tu te lembrares das noites de aveiro e das pessoas que ficam aqui há tua espera. Porque esta é a tua musica. Esta é a musica das nossas noites. E porque só tu é que sabes dançar isto como deve ser ;)!
(favor ler esta parte como se fosse dia 19 de Março)
Sempre brindámos:
"Aos mais de 4 anos e à emigração."
Faltam os "mais". Que venham eles =)!
12 março 2011
UK/Aveiro
10 março 2011
From the Queen: Carnival Night
Carnival party, with portuguese, brazilian and latin music... the best =)
Yes, yes, it's true that parties finishies at 2 a.m. and starts like 10p.m. We are trying to make the must of it.
And tonight it was worth the walk (by foot) 'til the party =)
It was fun... But we miss our people!!
Always =)
09 março 2011
ele há dias assim.
Mando um balde de esparguete com 3 molhos diferentes fazer o que te competia a ti. Encher-me o ânimo, restaurar-me as ideias, transformar-me num bicho da deglutição. Falhou. Encheu-me o estômago, restaurou-me o peso. Transformou-me num bicho da deglutição, ao menos isso.
Podia correr pior, pensava eu. E tu, se não estivesses nas tintas para isto tudo.
Peço aquele garoto clarinho que eles insistem em não saber fazer – tanto café, céus! – e, no meio do prazer absurdo que tenho em abrir, cheia de manias, o pacote de açúcar – pimba! – todo despejado em cima do teclado do computador. Porque eu agora sou assim, levo tudo atrás. Bela merda. Agora crepita a cada letra que escrevo, como se lhe custasse e nunca o que exprimo lhe agradasse. Filho da puta.
E tu não viste nada disto, não sabes nem sentes. Nem te importa, a bem dizer. A mim também não. É só para que saibas, meu filho da mãe. Sofre o teclado que se lixa. Culpa tua.
06 março 2011
Sunday
Sundays are for…
- Late mornings
- Family lunches
- Sweet deserts
- Grandmother coffees
- Train travels
- Gossip magazines
- Aveiro’s sunny afternoons
- Dinner watching football games
- Meet the girls after the weekend
- Fall asleep next to you
Keep counting down the Sundays :”)
04 março 2011
Pieces
03 março 2011
13 fevereiro 2011
Parabéns cogumelo =)
08 fevereiro 2011
compõe-te oh! C*ralho(directamente para coimbra, porto, aveiro e southampton)
Hoje à conversa no café falava dos meus estágios e das pessoas que conheci. E lembrei-me disto: escolhemos todas passar o resto da vida a ”compor os outros”. Logo nós que admitimos que tantas vezes não nos conseguimos compor a nós próprias.
Lembrei-me do P. Mais do que um paciente foi meu companheiro. Era o meu primeiro estagio e ele foi o meu primeiro doente. Não o tratei sozinha. Ele ajudou-me. Afinal aquilo não era nenhum bicho de 7 cabeças e dei por mim a deixar a cara de medo com que tinha entrado ali e a rir-me enquanto tentava com voz autoritária manda-lo repetir o exercício, “que aquilo era para o bem dele”. O P. foi o melhor primeiro paciente que poderia ter tido. Deu-me a confiança que eu precisava, deu-me a motivação que me faltava. Teve alta no meu último dia de estágio. Coincidência. Mas o trabalho dele estava feito. E o meu também.
Lembro-me também da Dona E. Difícil captar a sua atenção, quando eu estava a competir com bombeiros novos. Ganhavam os bombeiros obviamente, qual é que era a duvida xD? Sem papas na língua, todos os dias me dizia que estava ali contra a vontade. Fui eu quem lhe disse que não precisava de voltar mais. Fui eu que a vi chorar a pedir para não a mandar embora. Afinal, a vontade da senhora era diferente daquela que ela tinha defendido com unhas e dentes. Uma companhia. Um momento diferente da monotonia do seu dia.
E depois havia o Sr M. Alentejano de gema. Um raio de sol no meu dia. Sabia como me por um sorriso na cara. Um dia experimentei incluir uma bola na sessão de tratamento. Nesse dia parecia ser de novo um rapaz de 13 anos que jogava à bola com os amigos nos descampados do Alentejo. Passámos a jogar os 2 todos os dias no fim do tratamento. E ele passou a ter todos os dias um sorriso de menino =).
Sr J. O meu grande desafio. Como aliviar um sofrimento que já nenhum medicamento era capaz de aliviar? Um dia experimentei uma coisa tão simples. Almofadas a suportar o corpo que ultimamente lhe pesava tanto (apesar dos 20 kg perdidos), uma palavra de conforto, e um toque de embalo até que fechasse os olhos num sono quase profundo. Disse-me que já não descansava como naquele dia à muito tempo. Disse-lhe que então iria voltar a fazer o mesmo o resto dos dias. E fiz. Enquanto pude.
Faltam mais. Não muitos mais que a minha experiência é curta. E mesmo que por vezes os nomes se desvaneçam da memória, ficam sempre as caras. Escolhemos passar o resto da vida a compor os outros, porque descobrimos que de alguma maneira eles também acabam por nos compor a nós. De uma forma mais subtil também eles nos dizem ”Compõe-te oh! C*ralho”
07 fevereiro 2011
este não tem título porque eu não quero.
Mas vocês andam por lá; acreditem que vos vejo nas esquinas dos corredores em que me perco porque – enfim! – sou sempre aquele desastre desorientado. Sobretudo nos momentos em que a confiança tirou umas horas de folga, vocês aparecem e esperam-me do lado de fora para partilharmos os momentos hilariantes da minha falta de jeito.
E depois há coisas que mudam muito. A que vou notando mais por estes tempos é o sabor diferente dos cappuccinos. Nem é falta de açúcar, nem café a mais. Afinal, eram as teorias e as conversas e as galhofas descabidas que adoçavam o sacana.
Um dia voltamos todos a tomar um dos bons. Daqueles que só nós sabemos fazer. Prometam.
Daqui Coimbra envia as saudades mais arrebatadoras para Aveiro e Southampton.
01 fevereiro 2011
From the Queen’s Kingdom
Bem, talvez estivessem à espera de um relato de acontecimentos daqui desta ilha de outra língua, visto este ser o primeiro post internacional. Mas não, talvez não vá ser nada disso. Aliás, não será mesmo!
E isto porquê!? Porque hoje aconteceu uma tal coisa que bate tudo o que poderia ter para contar.
Hoje vimos ÓVNIS!! Sim sim, gozem à vontade. Mas se vissem o que nós vimos, achavam o mesmo!
Então, estávamos nós as duas, pessoas normais e completamente geladas, a caminho de casa, quando olhámos o céu estrelado e vimos três luzes gigantes! Sim, gigantes porque do ponto de vista em que comparado com as estrelas eram umas dezenas de vezes maiores a olho nu, são gigantes! E não, não era um avião, pois os aviões levam as luzes a piscar e nunca têm aquelas luzes nem daquele tamanho nem daquela cor que nós vimos.
E então continuámos o nosso caminho para casa a interrogar-nos do que se poderia tratar, quando aparecem mais 2 luzes, um pouco mais atrás das primeiras 3. E quando começamos a questionar se serão mesmo alliens, as três primeiras começam a diminuir, e assim do nada, desaparecem. E nós: “WHATAFUCK?”
Encaminhámo-nos para casa para termos a quem perguntar se este tipo de luzes era normal nos céus britânicos. E quando pomos tal hipóteses, não é que as outras duas luzes se apagam!? Enfim. Chegámos a casa ainda com esperança que fosse algo de normal por estes lados. Mas não! Nada como tal foi visto por olhos britânicos.
E então concluímos. Foram ÓVNIS. E ainda bem que não tirámos fotos porque podiam sempre tentar roubar-nos as provas da sua existência!!
Weird….
24 janeiro 2011
vou-vos contar uma história a ver se entendemos todos
Ora, disto não se vê lá fora. Somos edição limitada. Nem os ferrero rocher são capazes de tal; são sazonais e temos pena. Agora nós…nós somos bem melhores até que os gelados da olá que só existem durante 3-5 dias no verão.
E isto foi tudo estratégia. Chama-se exportação. Escolhemos dois dos nossos melhores exemplares e exportámo-los porque sabemos que terão muito para ensinar à maltinha britânica.
Porque afinal sempre foi a isto que brindámos, à emigração.
Aguardamos assim os relatórios referentes ao reconhecimento de terreno, caracterização dessa nova espécie tão peculiar e, por favor, com p.s.’s gigantes contendo a explicação de como o restante grupo que por cá se encontra a suportar a missão tem características tão mais cativantes que os nativos.
23 janeiro 2011
17 janeiro 2011
Circunstâncias #2
06 janeiro 2011
Porque também não me podia esquecer de ti
E para ti, faltam-me as palavras. Nunca precisámos verdadeiramente de palavras. Sempre nos entendemos melhor sem elas. É por isto que eu não gosto de palavras. São tão pequeninas. Não cabe lá tudo. E tu, sempre percebeste isso. E é por isso que me custa tanto escrever-te alguma coisa. Porque nunca vai ter metade do significado que eu queria que tivesse. Hoje ia para sair de casa, e adivinha? Não sabia onde tinha as chaves. Nunca sei! Virei-me para a porta e abri a boca. Ia-te perguntar onde é que eu tinha deixado as chaves. Tu eras aquela que sabias sempre onde estavam as coisas na minha vida. Adivinhavas sempre o que eu precisava, do que eu andava à procura (e não, não me estou a referir só às chaves). E eras tu que com um sorriso e um olhar que dizia “se não fosse eu…” (ves...nunca precisámos de palavras mesmo) me apontavas na direcção certa. Se não fosses tu…se não fosses tu eu não era a pessoa que sou hoje.
Hoje não me ias responder, se te perguntasse onde tinha deixado as minhas chaves. Não estavas aqui. Mas, tive a ligeira impressão que se te ligasse ias saber onde é que elas estavam. Porque tu conheces-me de cor. Conheces todos os cantos da minha vida.
Quando voltares, não vou precisar de te dizer nada pois não? Vai estar escrito na minha cara.