Pois é, sujeitos. Chamem-lhe saudades do verão, nostalgia do passado ou o que mais quiserem. Sei que por aí também estarão a suspirar.
A questão é que ‘marés vivas’ era a série que todos os anos me garantia que estávamos no verão. Mais nenhuma. Aprendi as datas de mudança de estação do ano só quando foi tirada do ar, para me desenrascar.
Continuo sem perceber muito bem o que raio teria de tão interessante além de uns tipos apelativos; a história era sempre a mesma: tipo/a estúpido/a na água, meio que se afoga, tipa/o bem jeitosa/o de fato de banho vermelho entra na água com aquelas bóias xpto para salvar o imbecil e salva-o mesmo. E salvava-se sempre com a 3ª manobra de respiração boca-a-boca, mesmo quando já estávamos todos a pensar ‘porra, agora é que o/a gajo/a morre mesmo, tu queres ver!’. E lá ele/a tossia e cuspia uns litros valentes de água e ficava tudo bem.
Impressionante também era o facto de a nossa geração ter sido brindada na sua infância e adolescência com séries bastante ruminadas do ponto de vista criativo. Contudo, tipos de fato de banho, praia e afogamentos resultava. Não sei bem porquê, ó deus, mas resultava tão bem.
[fiz o favor de vos arranjar o genérico com a pamela anderson, meninos. sou ou não sou uma pessoa decentezinha?!]